Por detrás da dor de cabeça podem estar vários problemas associados, entre eles o stress, distúrbios alimentares ou algum tipo de problema neurológico. Na posição dos especialistas nesta matéria, antes de uma qualquer pessoa recorrer aos típicos medicamentos para aliviar a dor de cabeça, deve suportar-se do conhecimento científico do seu médico para aferir quais podem ser as suas reais causas.
De acordo com os apontamentos dos especialistas, estima-se que 2 em cada 3 crianças terão dor de cabeça antes dos 15 anos. Também é de anotar que, cerca de 90% das pessoas terão uma dor de cabeça pelo menos uma vez na vida, o que quer dizer que, na realidade se trata de um problema muito mais comum do que pode parecer, razão pela qual merece também destaque neste apontamento.
Referem os entendidos que, o tipo de cefaléia mais comum na população é a primária, ou seja, que não provém de nenhuma doença específica. Ao mesmo tempo, é de registar que, a enxaqueca é a mais prevalente.
Apesar de ser comum ter uma dor de cabeça, os especialistas lembram que, por muito estranho que possa parecer, esta ainda é vista de forma negativa por quem dela não padece, a ponto de se depreciar quando alguém diz estar nessas condições. Esta incompreensão por parte dos outros, gera um profundo mal estar em quem sente dores de cabeça, sublinham os mesmos entendidos na matéria.
Muitas pessoas sentem-se tão mal com a enxaqueca que se revelam incapazes de trabalhar e até desanimadas. Acabam por mentir, por esconder, por não dizer o que realmente estão a sentir pelo medo da crítica, o que aumenta a intensidade da dor de cabeça. Muitas pessoas relatam que, a sua dor de cabeça é tão intensa e incompreendida ao mesmo tempo que, só se sentem bem isoladas dos demais, num lugar tranquilo ou na presença de alguém que as compreendam.
Com os avanços da neurociência, é cada vez mais fácil e acessível tratar a dor de cabeça e ultrapassar toda essa incompreensão e críticas dos demais. Assim, podemos lidar com a dor de cabeça em três etapas:
1.Perceber que, para além da dor de cabeça, algo pode estar menos bem connosco. Faça a si mesmo essa questão para melhor poder procurar a ajuda específica, recomendam os neurocientistas.
Depois, é de anotar que, quando sofremos de dores de cabeça, enxaqueca ou desconforto ao nos levantarmos ou voltarmos do trabalho, há algo que devemos fazer. Em vez de recorrer imediatamente aos medicamentos, devemos pensar e olhar além da própria dor, olhando-nos e analisando-nos como um todo.
Segundo a ciência, numa dor de cabeça, são combinados vários processos: os vasos sanguíneos e nervos enviam sinais de dor ao cérebro, os neurotransmissores geram mudanças na atividade das células nervosas, entre outros, sendo fundamental compreender o que realmente provoca a dor em si.
O primeiro passo para aliviar a dor de cabeça é saber qual é a sua causa, por isso, em vez de recorrermos imediatamente aos medicamentos, devemos fazer um exercício introspetivo. Pergunte a si mesmo como se sente. Investigue o que aconteceu na sua vida nos últimos dias. Será que está a trabalhar demais? Faz muitas coisas ao mesmo tempo? Será que algo o incomoda?
Anotam os neurocientistas que, a cefaleia por stress é a dor de cabeça mais comum.
Neste ponto, importa rever a alimentação, para isso, pergunte-se como se alimenta diariamente e tenha em mente que, existem
produtos químicos inflamatórios em alimentos como queijos, vinho, frios ou o próprio café, que também ativam diretamente o nervo trigémeo, provocando uma enxaqueca.
Verifique o estado da sua saúde, pois a deficiência de algum mineral ou nutriente pode levar, em muitos casos, a estados de exaustão e dores de cabeça.
Os especialistas alertam ainda que, uma qualquer dor, incluindo a de cabeça, é sempre o resultado de algo que não está bem, por isso, é tão importante obter uma consulta médica e realizar um check-up.
2. Todos temos analgésicos naturais no cérebro
Sabemos que muitos desses problemas requerem tratamento médico. No entanto, outra maneira de aliviar a dor de cabeça, ou pelo menos reduzir o seu impacto é através da ativação de analgésicos naturais.
Ao nosso alcance estão neurotransmissores como a ocitocina, a dopamina e a serotonina. Às vezes, uma forma sensacional de desativar esse aborrecimento, esse sofrimento, é promover a sua libertação. Existem várias formas:
Faça uma caminhada. Deixe que o ar livre o envolva, acalme e relaxe.
Passe algum tempo com pessoas que o façam rir e que sejam uma boa companhia.
Descanse, dê-se um tempo para fazer o que mais gosta. Leve a vida com um ritmo diferente.
3.Preste particular atenção a algumas rotinas
Procure levantar-se e ir para a cama sempre nos mesmos horários. Seja regular na sua rotina.
Durma em média 8 a 9 horas.
Aprenda a gerir o stress diário.
Coma alimentos não inflamatórios (como os ricos em ácidos gordos ómega 3).
Cuidado com as luzes e cheiros fortes.
Faça pelo menos meia hora de exercícios por dia.
Reduza o tempo de exposição aos ecrãs especialmente antes de dormir.
Depois de tudo isto já sabe, quando voltar a ter dor de cabeça, faça o seu próprio diagnóstico e verá que, provavelmente não precisa de medicamentos, mas sim de alterar algo no seu dia a dia. Em caso de persistência dos sintomas, aconselhe-se com o seu médico, mas antes faça o seu próprio diagnóstico.
Fátima Fernandes
