Comportamentos

5 truques para lidar com pessoas difíceis

 
Todos contactam, com mais ou menos frequência com pessoas difíceis, seja no ambiente familiar, seja no mundo profissional, razão pela qual se torna um imperativo encontrar as melhores estratégias para tirar o melhor partido de cada pessoa e de nós próprios. Para facilitar a tarefa, apresentamos os 5 truques testados por vários especialistas e empresas e que se poderão ajustar à sua vida pessoal e social.

 
1. Manter a calma é sempre o primeiro ponto a ter em conta em qualquer relação: Reagir da mesma forma que o outro quando está exaltado, nunca é uma boa solução.
 
Quando alguém adota uma postura mais agressiva no trabalho ou em qualquer outro contexto, o ideal é evitar ir pelo mesmo caminho. Com uma postura mais assertiva e serena, torna-se mais fácil impedir que o ambiente se contamine negativamente.
 
É verdade que, nem sempre é fácil manter a postura desejada em situações delicadas, no entanto, quando se percebe que não se consegue, o ideal é o afastamento. Podem tentar falar mais tarde ou encontrar uma forma mais equilibrada para retomar a conversa noutra situação. Quando se constata que o entendimento é mesmo impossível, a solução passa mesmo pelo distanciamento. No caso das empresas, bem sabemos que o despedimento é a alternativa para um líder, nas famílias terá de se evitar o encontro com essa pessoa para reduzir o mau-estar e os constrangimentos, mas não se esqueça que, acima de tudo, devemos sempre procurar ir pelo caminho do diálogo e da paz.
 
2. Demonstre a sua insatisfação com clareza:
 
Ter serenidade para enfrentar pessoas difíceis não tem nada a ver com apatia. Diante desses indivíduos, é preciso mostrar firmeza e demonstrar a insatisfação. Procure ser claro e explicar as razões que tornam complicado o convívio com aquele colega ou familiar.
 
No cenário mais otimista, isso pode despertar uma reflexão e fazer com que ocorra uma mudança de postura. Claro que nem sempre as coisas saem da melhor maneira e a conversa pode se mostrar infrutífera.
 
De qualquer forma, apontar de maneira clara os problemas causados é uma atitude profissional e facilita os passos seguintes.
 
3. Escute a pessoa (na medida do possível):
 
É difícil dar o braço a torcer, mas, em muitos casos, ouvir a outra pessoa pode remediar um conflito. Colegas ou familiares de difícil trato costumam ter comportamentos inadequados que revoltam qualquer um. Mas parar para escutar  as suas ponderações ajudará a acalmar a pessoa e a conduzir a um entendimento. É claro que, se a pessoa for incapaz de argumentar calmamente, esse caminho da diplomacia dificilmente funcionará.
 
4. Seja um exemplo positivo:
 
Uma das formas mais reconhecidas de educar alguém é pelo bom exemplo. Se uma pessoa se apresenta hostil no ambiente corporativo, faça com que ela compreenda isso. Agir corretamente, ainda que seja uma obrigação, pode ter um caráter didático no trato com colegas e familiares difíceis.
 
Ser um exemplo positivo é também uma atribuição básica de um gestor de equipas. Essa figura deve entender um colaborador problemático como uma oportunidade de exercitar a boa liderança. O bom exemplo tem potencial para transformar a atitude dessa pessoa e facilitar a boa convivência entre todos os elementos de um grupo.
 
Educar um profissional ou uma pessoa difícil é uma maneira de demonstrar como a empresa não descarta colaboradores ao menor sinal de instabilidade. Num segundo momento, a iniciativa pode até não mostrar resultados, mas o gestor de equipas precisa tentar.
 
5. Utilize a equipa a seu favor:
 
A quinta e última dica vai especialmente para os gestores de equipas. Lidar com pessoas difíceis é uma tarefa que pode ser encarada de forma coletiva. Líderes devem ser capazes de identificar colaboradores com maior capacidade de diálogo para momentos oportunos. Alguém com essa característica é capaz de tornar mais flexível a comunicação com uma pessoa difícil.
 
Evidentemente, não se trata de “empurrar a responsabilidade” gerencial para um membro da equipa, mas sim de tirar partido de alguém que está mais apto para o fazer num determinado momento. O mesmo pode ocorrer numa família com um elemento que seja neutro; alguém que surja de fora da família, por exemplo, e que seja capaz de ajudar a resolver alguns conflitos existentes de forma distanciada e isenta,, mas é injusto colocar essa responsabilidade sobre alguém, sobretudo porque, se não resultar, será toda uma família contra esse potencial “salvador”. O ideal é que mais pessoas se envolvam nesse exemplo positivo e que, aos poucos, se consiga transformar o elemento perturbador e difícil. Em muitos casos, a terapia psicológica pode ajudar a melhorar a relação entre pessoas.
 
Fátima Fernandes