A vida é cheia de encontros e desencontros, pelo que, num qualquer momento vamos sentir necessidade de fechar um ciclo para que possamos dar lugar a outro.
Os psicólogos reconhecem que o processo de despedida não é fácil, «mas que deve ser cumprido para que se preserve a saúde física e mental». Nesse sentido, vamos apresentar-lhe as seis técnicas disponibilizadas pela ciência para que o seu processo de despedida decorra da melhor forma possível.
Anote que, as relações começam e terminam e que, mesmo no seio da família podem ocorrer episódios que nos obriguem a uma despedida. Um namoro ou um casamento que termina, uma relação com algum familiar que se torna insustentável, uma despedida de um colega ou amigo, são sempre pretextos para que assuma o que está a sentir, para que pondere muito bem a continuidade dessa relação e para que, em consciência, decida colocar um ponto final nesse contacto.
Se no passado se defendia que se cortava com a relação sem uma explicação para evitar as emoções negativas, presentemente acredita-se que essa não é, nem a melhor solução, nem a que nos permite avançar com mais segurança e bem-estar, por isso, a ciência é unânime em afirmar que se deve fazer um processo de despedida e aponta as seguintes orientações:
1. Não aja por impulso
Segundo os especialistas, o corte com um vínculo emocional com alguém deve ser ponderado no tempo. Devem ser colocados sobre a mesa os prós e os contras, bem como estarmos isentos de sentimentos como a raiva ou a deceção.
É importante avaliar se terminar esse vínculo é o melhor para nós. Se depois de pensar nisso, concluir que o relacionamento só lhe causa dor e não há como corrigi-lo, talvez seja o momento adequado para dizer adeus.
2. Encontre o momento e o lugar mais adequados
Para que a despedida ocorra de forma tranquila e saudável, é preciso escolher o momento e o local certos. É essencial ter tempo para falar com calma e fazê-lo num local onde não haja interrupções. Opte por um espaço onde possa ter privacidade e estar disponível para dizer o que pretende.
3. Seja honesto e assertivo
Segundo os psicólogos, um outro aspeto a ter em conta
é a honestidade. É fundamental que sejamos sinceros com a outra pessoa para lhe podermos dizer o que pensamos e sentimos, mas acima de tudo, temos de ser honestos connosco próprios tentando expressar exatamente o que nos vai na alma. Um conselho é ponderar muito bem o que vai dizer para evitar arrependimentos e algum mau-estar que daí possa surgir, pois regra geral, é comum que nos sintamos pouco confortáveis neste tipo de situação. Ao termos a certeza do que pretendemos, tudo será facilitado. Se for assertivo e educado, só obterá vantagens e evitará ataques e faltas de respeito, quer da sua parte, quer da outra.
4. Aceite as suas emoções
É natural que, num processo deste género, sinta um conjunto de emoções, sobretudo mais desagradáveis, pois afinal, não é um prazer termos de nos despedir de alguém, mesmo que nos esteja a prejudicar, ainda assim, é fundamental que assuma o que está a sentir. Se por um lado é libertadora a ideia de nos afastarmos de alguém tóxico, por outro, a situação em si causa sempre alguns constrangimentos. No entanto, segundo os psicólogos, não devemos de forma alguma mascarar o que estamos a sentir, uma vez que, será essa honestidade para connosco próprios que nos vai ajudar a ultrapassar melhor a situação. Sente tristeza, raiva ou outra emoção? Entenda que isso faz parte do processo de luto que está a viver e irá melhorar à medida em que se assumir na situação e registar os benefícios dessa despedida.
Tentar reprimir as emoções só dará lugar a elevados níveis de stress e ansiedade, para além de o poder conduzir à depressão e a outras complicações psicológicas.
5. Reserve um tempo para si mesmo
Uma qualquer mudança requer tempo e reflexão para que ocorra da melhor forma possível, por isso, não aja como se as coisas mudassem do dia para a noite e ainda menos como se tivessem de ser perfeitas. O leitor sabe que tomou a melhor decisão, que se sente melhor e mais aliviado, mas ainda assim, sente alguma tristeza ou mágoa. Não force o processo e deixe a vida fluir, pois com essa ponderação e tranquilidade, certamente que irá superar a mudança de forma mais rápida e positiva. Respeite o seu ritmo natural.
6.Procure um psicólogo
Nem sempre conseguimos reunir as forças necessárias para promover essa despedida, tal como em muitos casos, isso não é possível porque a outra parte não está interessada nesse corte do vínculo. Nesses casos, recomenda-se o apoio psicológico. Nas sessões, o profissional irá dinamizar técnicas que permitem essa despedida de um relacionamento.
Além disso, também é útil aprender estratégias para ajudar a gerir a dor emocional da despedida, reforçam os mesmos especialistas.
Registe que, é muito importante para o seu bem-estar e qualidade de vida que consiga despedir-se. Será assim que se vai preparar da melhor forma para iniciar um novo ciclo e enfrentar novos desafios.
Tenha ainda em mente que, quanto melhor se despedir de uma situação passada, melhor se sentirá no momento seguinte, sem esquecer que, a sua saúde mental agradece!
Fátima Fernandes
