Família

7 atitudes dos pais que destroem a autoestima dos filhos

 
A maioria dos pais, senão todos, preocupa-se com a felicidade e o bem-estar dos filhos, dando o seu melhor para que cresçam de forma saudável e equilibrada. No entanto, são muitas as situações em que esse desejo não é concretizado, seja por falta de empatia, sensibilidade ou conhecimento.

Para ajudar os progenitores nessa árdua tarefa de educar, tendo em conta a autoestima dos filhos que, é um ponto fundamental do desenvolvimento e que vai ter implicações ao longo de toda a vida, deixamos-lhe as sete atitudes que deve evitar.
 
Antes de mais e recorrendo à opinião dos especialistas, lembramos que, muitos pais não conseguem fazer melhor porque estão muito focados na disciplina, no querer evitar a todo o custo os erros da criança e, na maioria das vezes, porque imitam a educação que receberam e, como se sabe, os tempos evoluíram e exigem novas atitudes.
 
As escritoras norte-americanas, Grace Marguerite Willians e Ammy Morin, deixam-nos estas atitudes que devemos evitar:
 
1. Criticar a aparência da criança
 
Todos nascemos sem sentir vergonha do nosso corpo e sem que encontremos defeitos no que somos e no que temos, por essa razão, é a sociedade e, em muitos casos, os pais que nos conduzem  a essa sensação depreciativa face à nossa imagem. Para evitar criticar a aparência do seu filho, aceite-o e respeite-o tal como ele é, já que isso fará com que se aceite e goste de si mesmo.
 
2. Criticar as habilidades da criança
 
Neste ponto, é importante que os pais entendam que ninguém nasce ensinado. Para além das elementares necessidades básicas, um bebé não sabe fazer mais nada, pelo que tudo terá de ser ensinado e aprendido. Em vez de criticarem as habilidades da criança, os pais devem incentivá-la para que aprenda e que se aperfeiçoe diariamente.
 
3. Fazer comparações com outras crianças
 
Os pais pensam que se ressaltarem os pontos positivos de outra criança em relação ao filho, isso fará com que este tente ser igual ao outro. Mas, o que ocorre geralmente é o contrário, a criança sente-se com menor valor e tende a nem sequer tentar fazer as coisas de uma forma melhor. Em vez de comparar,  os pais devem focar-se no que a criança tem de positivo e incentivá-la em todos os aspetos.
 
4. Excesso de proteção
 
É normal que os pais queiram proteger os filhos porque os amam e querem tê-los sempre seguros, no entanto, o excesso de proteção faz com que não vivam as experiências e que não desenvolvam determinadas habilidades. O essencial é que os pais se assumam como guias dos filhos e não os seus protetores. Explique-lhes as consequências dos seus atos nas mais variadas situações, já que é assim que vão aprender a proteger-se.
 
5. Planear a vida e a carreira dos filhos
 
Eduque, explique, alerte, incentive, mas não tente delinear o futuro e a carreira dos seus filhos. Em muitos casos, os pais querem projetar nos filhos as suas próprias frustrações, o que é um erro que lhes limita a ação. Pense que a vida é deles e que terão de sentir prazer nas suas escolhas.
 
6. Nunca Elogiar
 
É muito comum que os pais digam aos filhos frases do género: “Essa é a tua obrigação”, sobretudo no que se refere aos resultados escolares, mas na realidade, as crianças precisam de ser incentivadas a continuar e a fazer melhor. Assim, substitua esse comentário por: “Trabalhaste conseguiste”, “Sei que vais continuar a dar o teu melhor”, “Estiveste muito bem, continua!” e daí por diante. É importante que mostre ao seu filho que ficou contente e que tem consideração pelo seu esforço, sob pena de se perder a motivação e o empenho. Muitos pais evitam o elogio pelo medo de que a criança fique “mimada” e que perca a vontade de continuar e de fazer melhor, mas o resultado é precisamente o oposto. Dê um elogio na medida certa e no momento mais adequado.
 
7. Exigir obediência
 
Os pais preocupam-se tanto em que os filhos sejam obedientes que acabam por fazer o processo inverso. Quando explicamos à criança a importância de cumprir as regras e de fazer determinadas opções, estamos a incutir-lhes a importância do cumprimento. Ao não lhes explicarmos, deixamo-los baralhados e sempre à procura de algo, o que os afasta das regras. Ao ensinar, os pais estão a promover a obediência, ao julgar, acabam por não se fazer entender e por dar lugar ao incumprimento.
 
Para finalizar, anote que, a construção da autoestima é um processo demorado, com altos e baixos, mas muito interessante e desafiante, mas a sua destruição pode ocorrer em poucos minutos, por isso, esteja atento, seja empático e capaz de respeitar os seus filhos.
 
Fátima Fernandes