Sociedade

A cultura ficou mais pobre: faleceu Miguel Drago

 
Miguel Drago não resistiu ao violento embate de um choque frontal ocorrido ontem na EN125.

 
O músico perdeu a vida aos 48 anos depois de ter sofrido um violento acidente na tarde de domingo perto do AlgarveShopping, Guia.
 
Miguel Drago seguia com a mulher Rita Manteigas, vindo de regresso de Alcalar, Portimão.
 
A mulher do músico Rita Manteigas ficou gravemente ferida com uma fratura, pelo que recebeu internamento hospitalar.
 
Também um homem ficou gravemente ferido na sequência do mesmo choque frontal.
 
Ao que o Algarve Primeiro apurou, os dois feridos já se encontram livres de perigo e deverão receber alta hospitalar ao longo desta segunda-feira.
 
A cultura fica desta forma mais pobre com a perda de um músico de renome que deixa um repertório incompleto.
 
Considerado um dos melhores intérpretes de guitarra portuguesa no Algarve, Miguel Drago dedicou-se a esse instrumento de “corpo e alma” de tal forma que não escapou aos olhares e comentários dos melhores críticos e músicos da atualidade.
 
Concluiu os estudos em Coimbra onde frequentou o curso de Economia, mas a música sempre foi a sua grande paixão e onde expressava todo o seu talento e conhecimentos.
 
Miguel Drago acompanhou alguns dos maiores nomes do fado, no Algarve.
 
Do seu vasto currículo musical é de salientar o facto de se ter dedicado totalmente à música, tendo escolhido a cidade de Tavira como inspiração.
 
Foi um dos fundadores e principais animadores, a par de Virgílio Lança (viola clássica), da Associação Cultural “Fado com História”, criada em finais do ano passado, em Tavira, um projeto único no Algarve que pretende promover e divulgar o fado no âmbito do seu reconhecimento, pela Unesco, como Património Imaterial da Humanidade.