Curiosidades

A sua vida pauta-se por sonhos ou por desejos?

 
Com esta questão damos o mote para clarificar que, sonhos e desejos não são a mesma coisa e que é muito importante saber distingui-los para ter uma vida com mais qualidade, prazer e foco.

Para que se perceba onde queremos chegar é de ter em conta que, um sonho implica trabalho, empenho, motivação, planeamento, esforço e até lágrimas, em muitos casos. Os sonhos comandam a vida, mas exigem muito trabalho para que se concretizem.
 
Em linhas gerais, o site Formação clarifica o sonho como «um projeto de vida, algo que o nosso coração motiva, interiormente, a partir de perspetivas que intuímos ou vislumbramos, e que ressoa dentro de nós como identidade». Para a mesma publicação, o sonho «encaixa-se nas nossas habilidades e eleva-nos como pessoas. É um ideal que dará sentido à nossa vida».
 
Temos como exemplos de sonhos tirar um curso, escrever um livro, casarmo-nos, seguir uma profissão, uma carreira, adquirir casa própria, comprar um carro, concretizar uma vocação, entre outros.
 
Os sonhos são o nosso impulso para mudarmos, para evoluirmos, para aceitarmos novos desafios, já que nos orientam a vida. O ser humano precisa de ter sonhos para ter um rumo; uma orientação. Sem orientação, «a nossa existência não encontra motivações para superar e aprender com os desafios», realça a Formação.
 
No que se refere ao desejo, este é uma reação imediata face à possibilidade de alcançar as nossas necessidades básicas. O desejo «é o impulso do instinto». É o que sentimos quando estamos com fome, sede ou quando sofremos uma tentação. Temos desejos de vária ordem, como sendo sexual, de vingança, ira, gula, entre outros. O desejo desperta-nos a manutenção da sobrevivência, mas quando não é bem gerido, acaba por causar desajustes de vária ordem.
 
Segundo a Formação, «mesmo quando vivido em equilíbrio, o desejo não é capaz de proporcionar um sentido maior para a consciência existencial da pessoa». Nesse sentido, se nos ficarmos pelos desejos, não temos um planeamento de vida, um percurso com metas e objetivos a atingir que é o que os sonhos nos proporcionam.
 
É de realçar que,  existem muitas pessoas que só vivem ao nível da satisfação das suas necessidades básicas e que não constroem sonhos, pelo que acabam por andar perdidas no seu percurso, sem um rumo, uma direção e com “excesso de presente”, sem saber para onde vão na etapa seguinte. Estas pessoas precisam de construir sonhos, sob pena de ficarem acorrentadas aos seus desejos imediatos.
 
Percebida a clara diferença entre sonhos e desejos, faz sentido ter em conta que devemos educar as crianças para a construção dos seus sonhos e mão para o imediatismo, para o consumismo, para a resposta imediata  aos problemas. Devemos ensinar e aprender também a sermos melhores todos os dias, a termos prazer na aprendizagem, em construir aquilo que nos pode dar uma satisfação duradoura como é o caso dos sonhos.
 
Fátima Fernandes