Curiosidades

A terapia psicológica ajuda muito na entrada para a adolescência. Sabe porquê?

 
A adolescência é uma fase de mudanças, pelo que acarreta dúvidas, instabilidade e irritabilidade em muitos casos.

Muitos pais, sem compreenderem muito bem o que se está a passar com os filhos, acabam por entrar “em choque” com os mais novos. Para facilitar a tarefa, é imperioso conhecer mais acerca deste tema e, sempre que necessário, pedir ajuda, pois mesmo que não existam motivos para alarme, um profissional de psicologia pode sempre dar uma boa orientação a pais e filhos.
 
Na posição dos especialistas, os pais costumam ser o alvo principal dessa irritação recém-descoberta, que procura afastá-los e desafiá-los, sendo que, a melhor forma de evitar o conflito é procurar entender o que ocorre nessa fase de transição entre a infância e a idade adulta. Pais que fomentem o diálogo e que procurem entender os filhos, estarão muito mais aptos para manterem uma relação saudável com os adolescentes, evidenciam os entendidos na matéria.
 
É de anotar que, a transição da infância para a adolescência é um momento suscetível a muito stress. Nesta fase, costumam aparecer problemas emocionais e de comportamento, sobretudo porque os adolescentes não sabem como lidar com tantos sentimentos e emoções novas, o que os leva a reagir de forma impulsiva e inconsequente.
 
Para os psicólogos, se os pais compreenderem o que se está a passar com os seus filhos, «poderão viver uma fase muito mais harmoniosa e equilibrada». Para tal, é de anotar que, a puberdade costuma acontecer entre os 10 a 17 anos. E que, a idade inicial pode variar dependendo de vários fatores, podendo adiantar ou retardar o processo de transformação da criança em adolescente.
 
Por norma, os meninos começam esta etapa mais tardiamente, sendo que, nas meninas o processo acontece mais cedo, sendo visíveis as transformações e as mudanças fisiológicas.
 
Recorrendo a uma publicação da Vittude, esclarece-se que, as mudanças físicas, hormonais e sexuais são facilmente percebidas por estarem à vista. Os órgãos genitais crescem e  desenvolvem-se graças à produção e libertação de hormônios sexuais.
 
Inicia-se também o ciclo menstrual nas meninas e o crescimento de pêlos em diversas áreas do corpo.
 
A Vittude adianta que, durante esse período também ocorrem alterações neurológicas, cognitivas, sociais e psicológicas, pelo que, com tantos aspectos novos para se acostumarem, é compreensível que os adolescentes se comportem de maneiras inusitadas ou não saibam como gerir tantas alterações.
 
A principal fonte de confusão emocional costuma estar associada à procura pela identidade. Esta é expressa por meio de diferentes comportamentos, os quais, na mente do adolescente, fazem todo o sentido, o que nem sempre é compreensível pelos pais.
 
Esta é uma fase de muitas emoções distintas, o que leva a que o adolescente se sinta mais instável. Tal reflete-se no interesse por umas coisas e no desinteresse por outras que anteriormente queria ou que gostava, mas tudo isso faz parte do processo e requer muita colaboração dos pais, professores e demais pessoas que rodeiam o jovem.
 
É natural que se desinteresse por atividades de que já gostou, que mude de amigos e que procure outras pessoas, mas é fundamental que encontre nos pais o seu porto-seguro e proteção.
 
Ao mesmo tempo, o adolescente pode ter sentimentos de inadequação e de solidão, baixa autoestima, stress, vergonha do corpo ou da sua personalidade e medo do aumento de responsabilidades. Neste ponto, é importante que os pais saibam distinguir aquilo que é normal para a sua idade daquilo que possa constituir um transtorno mental.
 
Segundo a Vittude, psicólogos online, é preciso ter em conta que, na puberdade, o adolescente caminha ao encontro das questões da vida adulta, temas que ainda não tinha explorado na fase anterior.Também a vida social passa a ser movimentada e as opiniões alheias são levadas em consideração na tomada de decisão. O modo de se vestir, bem como os novos interesses, podem ser modificados conforme as influências exteriores. Para os psicólogos, até certo ponto, o desejo de se afastar dos pais, mudar hábitos e gostos, sair com os amigos e namorar é considerado normal. no entanto, quando esses fatores se tornam obsessões e levam o adolescente a ter problemas de conduta, podem indicar que algo está errado.
 
Outro cenário que também pode ser indicativo de irregularidade é quando o adolescente não demonstra interesse pela escola, em atividades extracurriculares e nas amizades. Os pais devem estar alerta quando há uma mudança tão profunda que, os interesses anteriores deixam de fazer sentido ao filho.
 
Os pais também devem estar atentos ao facto de o filho se fechar muito e de não falar dos seus sentimentos e procurar mostrar o seu apoio e compreensão nas mais variadas situações, sem perder de vista a necessária autoridade e o respeito que são fundamentais para o processo de desenvolvimento em qualquer etapa de vida.
 
A Vittude resumiu os principais problemas dos adolescentes a que os pais devem ter acesso e mostrar a sua compreensão:preocupação excessiva com a aparência; baixa autoestima; dúvidas sobre a própria identidade; necessidade de comportar-se de forma semelhante aos amigos/colegas, mesmo contra a sua vontade; rutura com a segurança da infância; pressão para agir de determinada maneira ou para obter excelência escolar; desenvolvimento de depressão, ansiedade e fobias. 
 
Filhos de pais que já tiveram ou tem algum transtorno mental são mais suscetíveis a desenvolverem algum tipo de transtorno; preocupação com a reputação e popularidade; sexo ou participação em atividades sexuais sem segurança; modificação da dinâmica entre amizades feitas na infância; isolamento social; frustração exagerada ao não atingir objetivos; necessidade de mostrar amadurecimento; desejo de se manter afastado dos pais e familiares; esconder emoções e sentimentos, evitando procurar ajuda quando está com problemas; e bullying.
 
Os pais precisam de entender e assumir que, um adolescente não pode ter as mesmas responsabilidades e maturidade que um adulto com 25 anos de idade, pelo que lhe deve ser exigido aquilo que ele é capaz de realizar e de acordo com a sua idade. Nunca é demais recordar que, o cérebro só está completamente formado aos 21 anos, razão pela qual constitui um perigo dar excesso de liberdade aos mais novos. Muitos especialistas reforçam que, dar um carro ou uma mota aos filhos com menos de 21 anos de idade, é o mesmo que os expor a altas velocidades e em perigo constante. O mesmo se passa com as demais áreas de vida em que é preciso ultrapassar etapa a etapa com paciência, compreensão e muito diálogo. Os pais devem manter ao máximo, a aproximação dos filhos e para isso, é preciso mostrar abertura e compreensão, sobretudo muito diálogo e carinho.
 
A terapia pode ajudar a ultrapassar estes e outros problemas com muito mais harmonia, na medida em que o psicólogo fará também um trabalho direcionado aos pais quando estes não sabem qual o melhor caminho a seguir com o filho. Os pontos explorados neste artigo serão aflorados e desenvolvidos na terapia psicológica, o que será um forte alicerce para que pais e filho se compreendam e lidem melhor com esta fase de preparação para a vida adulta que se quer estável e sadia.
 
Fátima Fernandes