Família

Ajude os seus filhos a desenvolverem a inteligência emocional

 
Tendo por base uma publicação do Guia Infantil, vamos ajudar os pais a desenvolverem a inteligência emocional das crianças.

Em primeiro lugar, e segundo a psicóloga Sílvia Alava, é importante saber quando as crianças assumem um grau de maturidade que lhes permita desenvolver essa inteligência emocional. E neste contexto, existem determinadas situações que nos podem ajudar a perceber quando uma criança está pronta para receber mais orientações específicas. Temos como exemplo as birras que, são muito típicas por volta dos dois anos de idade, mas quando as crianças maiores de dois anos continuam a fazê-las quer dizer que,  têm problemas em controlar as suas emoções.
 
A mesma especialista acrescenta que, para desenvolver a inteligência emocional das crianças temos que ter em conta os pilares básicos. A primeira coisa vai ser aprender a identificar as emoções próprias e, também temos que aprender a identificar as emoções que os outros estão a experimentar.
 
«Temos que aprender a controlar as emoções e para isso devemos encontrar o equilíbrio necessário». Saber o que me está a acontecer,  o que estou a pensar e o que estou a fazer para que me sinta dessa maneira, é essencial para aprender a controlar-me.
 
Temos de aprender a expressar e a canalizar as emoções para que as mesmas sejam fortalecidas, recomenda a mesma especialista.
 
Ao mesmo tempo, Sílvia Alava evidencia as capacidades emocionais de acordo com a idade da criança. Neste sentido, «as emoções desenvolvem-se ao longo de todo o ciclo vital, mas quanto mais cedo começarmos a trabalhá-las, melhor». De facto, existem estudos que nos dizem que desde os dois anos e meio,  já é possível educar as emoções e o mais importante é que isso tem influência durante toda a vida.
 
Os pais devem ensinar a criança a pensar, a pensar sobre as suas emoções, que saibam como se sente, e a detetar como os outros se sentem. Ajudar a que a criança canalize  as suas emoções, a expressá-las, a controlá-las, favorecer a comunicação com os pais, professores e a favorecer a comunicação com os seus semelhantes. Favorecer também a empatia, ajudar a criança desde pequena a fazer amigos. Essas são coisas que vão ajudá-la ao longo de toda a vida.
 
Quando as crianças são muito pequenas, o que os pais têm que fazer é comunicar-lhes frases curtas, e, sobretudo agir mais e falar menos. Os pais não podem  esquecer-se de que são a principal fonte de aprendizagem de uma criança. «Logo, o comportamento dos pais tem de estar em conformidade com o comportamento dos filhos», sublinha a mesma psicóloga.  
 
Quando já forem um pouco maiores, podemos começar a raciocinar mais com os filhos, mas nunca no momento das birras. Quando estiverem tranquilos e relaxados podemos falar com eles e reforçar a importância do diálogo, de como comunicar os sentimentos e de que forma podemos expressá-los.
 
É importante anotar que, o processo decorre ao longo de toda a vida, que exige tempo e paciência, mas que é fundamental para facilitar as relações humanas e o próprio bem-estar do indivíduo.
 
Fátima Fernandes