Andropausa

 
A andropausa tem sido muitas vezes descurada ou por desconhecimento ou, pela aceitação de um envelhecimento precoce.

 
Em termos gerais, pode dizer-se que, a andropausa é o equivalente à menopausa na mulher, contudo, enquanto que o sexo feminino passa pela situação em massa, nem todos os homens sentem os efeitos da andropausa, seja pelo seu estado de saúde positivo, seja por ignorarem os sintomas e por os associarem à andropausa. 
 
Tendo por base alguns trabalhos de investigação recentes, nem todos os homens percebiam a razão das alterações físicas e emocionais que sentiam, pelo que consideravam normal a diminuição do desejo sexual, os estados depressivos, a falta de força muscular, a pouca predisposição para um conjunto de actividades e um estado de apatia muitas vezes generalizado e persistente. 
 
Se houve quem se acomodasse à situação por considerar que se tratam de sinais normais no envelhecimento, também há quem peça ajuda médica e supere esta fase com mais entusiasmo, pelo que vale a pena saber mais acerca deste tema. 
 
Ao contrário do que ocorre na menopausa feminina, com uma diversidade de sintomas, desde afrontamentos, irritabilidade, depressão, entre outros, os sintomas físicos da andropausa no homem são mais subtis, não sendo observados e identificados, com facilidade. 
 
É um tema científico ainda de estudo recente, não havendo portanto um consenso ma comunidade científica, no entanto, pode afirmar-se que, “A andropausa corresponde a um período da vida do homem em que alguns apresentam sintomas decorrentes da diminuição dos níveis de testoterona (hormona masculina)”. 
 
Essa diminuição é fisiológica, isto é, normal e ocorre em níveis que se situam no 1% ao ano, após os 40 anos de idade. 
 
Depois dos 50 anos, 40 % dos homens apresentam sintomas sugestivos de queda dos níveis de hormonas. 
 
Não existe, no entanto, um critério uniforme na medicina sobre como e, se é necessário tratar, uma vez que, são muitos os efeitos colaterais dos medicamentos, pelo que, muitas vezes, o homem acaba por superar as mudanças naturalmente e sem recurso a quaisquer tipo de substâncias de substituição dessas hormonas. 
 
Embora já tenham sido confundidos com quadros depressivos, os sintomas mais comuns são: desinteresse sexual, problemas de erecção, falta de concentração e de memória, queda de pelos púbicos, insónias, perda de peso e por vezes consequentemente o próprio quadro depressivo. Em casos extremos, a baixa produção de testosterona pode provocar osteoporose. 
 
Segundo alguns especialistas, é importante a compreensão do problema e o pedido de ajuda médica atempada, bem como o apoio da mulher e demais membros da família, uma vez que a situação requer alguma tolerância e paciência, à semelhança do que acontece na mulher. 
 
Como alerta, muitos urologistas afirmam que, “Se um homem apresentar as queixas que aparecem em geral de forma lenta e progressiva, deve procurar o médico que fará o doseamento hormonal para saber como estão os níveis de testosterona no sangue”. 
 
Tratamento: 
 
É de ter em atenção que, seja qual for o cenário, deve ser o médico urologista a acompanhar o paciente e, se necessário, a prescrever medicamentos. 
 
Tal como as hormonas femininas, a testosterona sintética (que é produzida em laboratório) apresenta também consideráveis efeitos colaterais. O principal problema reside no aumento de risco do homem vir a apresentar tumor da próstata, uma vez que, esse tipo de tumor necessita de hormonas masculinas para se desenvolver. 
 
Assim, se o homem tiver um cancro oculto ou uma predisposição genética para o contrair, o aporte hormonal esterno poderá acelerar o seu desenvolvimento e dar lugar a complicações. 
 
Nesses casos, a terapêutica hormonal substitutiva estará totalmente contra-indicada. Outro efeito colateral importante são as alteração no funcionamento do fígado provocadas pela testosterona, quando administrada por via oral. 
 
Os especialistas alertam que, “Existe um aumento da predisposição de desenvolver doenças cardiovasculares e até o próprio aumento de volume da próstata, que causa ou intensifica problemas urinários como a dificuldade para urinar”. 
 
Nem todos os homens requerem um tratamento de reposição hormonal, sendo que, nos grupos de risco estão os alcoólicos, os fumadores e todos os indivíduos que apresentem doenças crónicas, como a diabetes, doenças coronárias, hipertensão arterial e obesidade, sendo que, apenas o profissional médico sabe indicar a melhor forma de tratamento e a sua necessidade. 
 
Nunca é demais realçar que, é completamente desaconselhada a toma de medicamentos sem prescrição médica, pois para além de se desconhecer a melhor terapêutica para cada caso, os efeitos secundários podem agravar a situação. 
 
Nota: Entenda este artigo como meramente informativo e um ponto de partida para pedir ajuda médica em caso de existência de sintomas.