Família

As palavras que deve dizer regularmente aos seus filhos

 
Em primeiro lugar, é preciso ter em conta que, felizmente a educação mudou muito nos últimos anos! Enquanto que no passado era comum que os pais se apresentassem com uma postura rude e carregada de autoritarismo em que as palavras eram “secas” e, na maioria das vezes, ofensivas, hoje exige-se muito mais!

Presentemente, os especialistas em comportamento humano  citados pela revista Pais & Filhos Brasil, listaram um conjunto de palavras e de expressões que devem ser utilizadas pelos pais no dia a dia como forma de facilitar o desenvolvimento dos mais novos e, melhorar a qualidade da relação.
 
Assim, não tenha medo de repetir estas palavras e de melhorar diariamente a forma como as transmite. Sabemos que o desafio é grande, mas acredite que vale mesmo a pena!
 
“Não”
 
Não é por acaso que, o “não” é a primeira palavra da lista. É porque é a mais importante! É uma palavra pequena, mas muito objetiva e fundamental para o desenvolvimento do ser humano, reforçam os especialistas.
 
Quando bem aplicado, o “não”, , tem um efeito vitalício na vida das crianças. É um facto que, muitos pais ficam inseguros ao dizer “não”, pois ninguém quer dar uma má imagem aos filhos ou ficar com a sensação de que eles não gostam de nós, no entanto, existem situações que não são negociáveis e certos comportamentos inaceitáveis. Portanto, não podemos ter medo de pronunciar essa palavra quando percebemos que a situação pode sair do controle.
 
“Sim”
 
Esta é outra palavra simples, pequena e muito valiosa. Mais do que representar uma permissão, o “sim” transmite confiança à criança e mostra que estamos de acordo numa determinada situação. É importante para os mais novos que percebam que, numa determinada situação podem fazer algo diferente como por exemplo comer doces numa festa. Ao lhe dizermos que sim, a criança vai perceber que, naquela situação lhe é permitido, mas que noutra não.
 
“Ou”
 
Existem momentos na vida em família em que é preciso dar opções às crianças. Nestes casos o uso do “ou” é fundamental. O Ou dá-nos opções e saber escolher é um dos degraus para o desenvolvimento da autonomia, no entanto, uma autonomia supervisionada por nós. Por exemplo, se a criança se quer vestir de uma determinada maneira para ir a uma festa, devemos apresentar-lhe alternativas para que possa escolher algo melhor e mais adequado à ocasião.
 
“A mãe/o pai não sabe”
 
Na realidade, ninguém sabe tudo, mas o essencial é saber assumir isso e dizer à criança que, efetivamente não sabemos algo, mas que podemos procurar em conjunto. Ao termos esta atitude com os nossos filhos, estamos a dar lugar a que eles igualmente sejam assim connosco e que tenham mais vontade de procurar o conhecimento e de querer saber mais.
 
“Agora não é a melhor altura para falarmos sobre isso”
 
À primeira vista pode até parecer uma frase negativa para dizer às pessoas que mais amamos no mundo. Mas há momentos em que é melhor não falar do que explodir e dizer tudo o que nos passa pela cabeça da pior forma.
 
Contrariamente ao que possa parecer, dizer á criança que, naquele momento não podemos falar, mas que, mais tarde voltam ao assunto, não fará com que pense que os pais não gostam dela, mas sim que entenda que, naquele momento a mãe ou o pai estão aborrecidos e não querem falar. Isso fará com que os mais novos compreendam que, o ser humano passa por momentos diferentes e difíceis e que, para não prejudicar a relação, procura escolher o melhor momento para conversar, já com mais calma. É honesto, verdadeiro e educativo. (Isto não se aplica a bebés e crianças muito pequenas)
 
“Desculpa”
 
Por muito que tentemos dar o nosso melhor, há situações em que perdemos o controle, em que nos salta um grito ou uma palavra mais grosseira. Acontece a todos, pelo que, se exagerou, não hesite em pedir desculpa. O mundo precisa de pessoas que saibam pedir desculpa e que saibam perdoar. Pedir desculpa e perdoar transmite empatia, solidariedade e alivia a culpa (aos dois).
 
“Obrigado”
 
Esta é a palavra mágica que os pais têm de dizer para que os filhos também a reproduzam. Não tenha medo de a usar nas mais variadas situações, por muito simples que possam parecer. Agradeça a ajuda que o seu filho lhe deu a pôr a mesa, a arrumar a roupa, a guardar os brinquedos e, até não tenha medo de lhe agradecer um bom comportamento. Acredite que, esses “obrigado” vão melhorar muito não só a vossa relação como a convivência social em geral.
 
“O que é que achas?”
 
É um facto que, as crianças estão em desenvolvimento e ainda não têm muita noção da forma como as coisas funcionam, mas isso não quer dizer que não tenham opinião ou personalidade.
 
É muito importante que conversemos com elas e que lhes perguntemos a opinião sobre os mais variados assuntos. Aproveite uma pequena oportunidade para lhes perguntar o que acham sobre uma determinada matéria e, acredite que, essa atitude estreita o vínculo familiar e possibilita-lhes que desenvolvam a sua própria forma de ver o mundo, desenvolvendo a confiança em si mesmas.
 
“Ajuda-me”
 
Ninguém vive sozinho, pedir ajuda é perfeitamente normal. Toda a gente precisa de ajuda e se temos filhos a quem podemos recorrer, ainda melhor. Existem diferentes formas de pedir ajuda às crianças e todas são benéficas para a relação. Pode pedir que guardem os brinquedos do quarto, que ajudem a pôr a mesa ou apenas brinquem em silêncio por alguns momentos. Isso mostra que existe companheirismo e compreensão entre vocês.
 
“Amo-te/adoro-te”
 
Não precisamos de uma ocasião especial para dizermos aos nossos filhos o quanto gostamos deles! Devemos expressá-lo sempre que sentimos essa vontade, dizer de forma audível e sem medo! deve dizer regularmente ao seu filho
 
Fátima Fernandes