João Vasconcelos, de 65 anos, professor de História, é deputado à Assembleia da República pelo círculo de Faro, desde 2015, e vereador na Câmara de Portimão, desde 2013, sendo esta a quarta vez consecutiva que se candidata ao cargo.
Dirigente distrital e nacional do Bloco de Esquerda, é um dos impulsionadores do movimento cívico de contestação às portagens na antiga Scut (autoestrada sem custos para o utilizador) do Algarve (A22).
Em comunicado, o BE de Portimão refere-se à liderança socialista como “uma longa ditadura de 48 anos”, defendendo que a “situação política no município bateu no fundo” e que é necessário “devolver a dignidade” ao concelho de Portimão.
Para o BE, a principal responsabilidade do “marasmo, da indiferença, do clientelismo, dos atentados ambientais e do brutal endividamento municipal” reside na “gestão sem rumo e ao sabor dos interesses dos vários executivos do PS, ao longo de 45 anos, ininterruptamente”.
“Os portimonenses merecem melhor e os bloquistas, com o contributo e a força de muitos independentes, vão empenhar-se, afincadamente para provocar uma alteração política, de esperança e bem-estar para todos, sem exclusões”, prossegue a nota.
Segundo o partido, as listas aos órgãos autárquicos do concelho ainda estão a ser feitas e são “abertas aos cidadãos independentes, desde que concordem com a matriz bloquista e estejam dispostos a contribuir para uma reviravolta política tão necessária” em Portimão.
O candidato autárquico tem como adversários conhecidos, para já, Nuno Cordas, da CDU e o social-democrata Rui André, que preside à autarquia vizinha de Monchique e está impedido de recandidatar-se naquele concelho devido à limitação de mandatos.
O município é presidido desde 2013 pela socialista Isilda Gomes, que antes foi governadora civil de Faro.
O candidato do BE à presidência da Assembleia Municipal de Portimão é Pedro Mota, de 49 anos, técnico comercial e de negócios nos CTT, autarca na Assembleia Municipal de Portimão desde 2013.
O executivo da Câmara de Portimão é atualmente formado por quatro vereadores do PS, além da presidente da autarquia, um vereador do CDS-PP, um eleito pelo PSD e outro pelo BE.
As eleições autárquicas deverão realizar-se entre setembro e outubro.
