Sociedade

Câmara de Albufeira quer acabar com descargas de águas residuais e pluviais na Praia do Inatel

 
O Município de Albufeira deliberou abrir concurso para avançar com a empreitada de requalificação da descarga de águas residuais e pluviais da Praia do Inatel.

 
Com um investimento estimado na ordem dos 150 mil euros + IVA, a empreitada irá ser executada por ajuste direto, com convite a 6 empresas da especialidade. A obra tem um prazo de execução previsto de 60 dias, o que irá permitir a conclusão dos trabalhos antes do início da abertura oficial da época balnear, que em Albufeira decorre num período alargado, entre 15 de maio e 15 de outubro, destaca a edilidade em nota de imprensa.
 
A autarquia, refere que em 2011, o Instituto da Água procedeu à alimentação artificial da praia de Albufeira, numa extensão de aproximadamente 2 km (entre a praia do Peneco e o Forte de S. João), com areias dragadas ao largo da costa, com um volume total na ordem dos 600.000m3, o que permitiu o alargamento do areal entre 30 e 50 metros. 
 
O aumento da cota do areal implicou o reacondicionamento das quatro principais descargas de águas pluviais existentes na zona, no entanto as soluções técnicas adotadas na época vieram a revelar-se ineficazes, frisa a autarquia, principalmente durante a época baixa, resultando no arrastamento de areias em grande extensão e altura e na destruição dos drenos de descarga.
 
Com esta obra pretende-se minimizar os problemas causados pelo arrastamento das areias, sobretudo a seguir a períodos de forte pluviosidade. 
 
Os trabalhos, irão assegurar a contenção do enchimento da praia, impedir o assoreamento da zona de descarga de águas residuais pluviais e facilitar o seu rápido escoamento. Serão também executadas comportas que irão minimizar o risco de descargas na praia e uma rampa de acesso ao areal para facilitar o acesso a meios pesados. Entretanto, no âmbito de uma outra empreitada, irá ser construída uma segunda rampa de acesso ao areal para pessoas com mobilidade reduzida.
 
 
Carlos Silva e Sousa refere que “a obra é fundamental num concelho que é conhecido pela excelência das suas praias, quer a nível paisagístico quer da qualidade ambiental das suas águas balneares, pelo que não podemos correr o risco, sempre que chove mais intensamente, de vermos um dos principais areais na frente urbana do concelho ser atingido pela escorrência de águas pluviais, que por vezes originam a formação de um pequeno lago e provocam a acumulação de areias que desfiguram a praia”.
 
Algarve Primeiro