Economia

CASTRO MARIM:Manteiga de amêndoa e alfarroba já percorre o país

 
Um produto inovador e com propriedades únicas para a saúde é a proposta de Rosa Dias, proprietária de uma Quinta em Castro Marim que está a ter sucesso com a criação da manteiga de amêndoa e alfarroba.

 
A empresária propôs-se dar uma nova vida e rentabilidade a uma quinta que pertence à família há gerações e o resultado tem sido muito positivo. 
 
A manteiga de amêndoa e alfarroba já ultrapassou fronteiras, é vendida em 200 pontos no país e já chegou ao estrangeiro.
 
Orgulhosamente a produtora clarifica que, “as manteigas são confecionadas através da emulsão dos frutos em água, com a dose suficiente de açúcar para que consigam conservar-se, sendo uma alternativa aos cremes de chocolate para barrar o pão, embora também possam ser usadas na confeção de molhos para bifes ou para rechear frango.”
 
Acerca do seu produto, Rosa Dias recorda, "a manteiga de alfarroba surgiu da necessidade de valorizar a alfarroba que, infelizmente, é um produto mal-amado da economia portuguesa e da economia algarvia, mas que nós temos muito orgulho".
 
A responsável da Quinta da Fornalha adianta que, estendeu a sua cultura à produção de trufas de figo, sal, flor de sal, compotas e "chutney" (condimento originário da Ásia).
 
Segundo a jovem empresária, em termos nutricionais, a alfarroba "é uma bomba de saúde" e, comparativamente ao chocolate, é três vezes mais rica em cálcio, tem menos 33% de calorias e ainda menos 17% de gordura, contendo ainda vitamina B1 e B2, vitamina A, cálcio, magnésio, potássio e diversos minerais.
 
Tudo começou em 2009, quando foi convidada pelo pai para ajudar a recuperar a quinta da família, com 35 hectares de pomares tradicionais de sequeiro e dois hectares de salinas artesanais, Rosa Dias apercebeu-se que o valor dos frutos por transformar não permitia obter rendimento que tornasse a quinta viável.
 
Inspirada nas recordações e valores incutidos durante a infância, o respeito pela herança cultural e o gosto pelo trabalho agrícola, a empresária criou um modelo empresarial alternativo sustentável para dar viabilidade à quinta, com agricultura biológica certificada há 20 anos, e sem destruir os pomares plantados pelos seus antepassados.
 
Rosa Dias, está permanentemente a pensar em novas formas de dar mais-valia aos produtos produzidos na quinta e as ideias continuam a aparecer.
 
Além da produção e venda de produtos, na Quinta da Fornalha existem também alojamentos, numa lógica de ecoturismo, sendo igualmente organizadas visitas.
 
Os produtos estão à venda na loja da quinta, em 200 lojas distribuídas por todo o país e são também exportados para o estrangeiro.
 
Rosa Dias já se encontra a preparar duas novas gamas que serão lançadas no próximo Natal, uma salgada e outra doce e com ervas aromáticas típicas da região.
 
Com criatividade, conhecimento e força de vontade, esta jovem empresária já está a dar um novo sentido à herança familiar que lhe foi deixada.