Comportamentos

Como lidar com “lobos disfarçados de cordeiros”?

 
Podemos lidar com pessoas más num qualquer ambiente, uma vez que, são tantas as pessoas com características desse tipo que as podemos encontrar na família, no local de trabalho ou no grupo social.

Regra geral, trata-se de alguém que se disfarça de boa pessoa, mas que na prática, usa de todos os seus recursos para retirar o melhor dos outros. O seu interesse está acima de qualquer relação ou sentimento. Para obter o que pretende, este tipo de indivíduos usa da manipulação, da sedução e, sobretudo, da mentira, sendo este o seu principal traço. Mente para esconder aquilo que sabe que o pode prejudicar e para receber o que pretende. Engana muito bem, mas mais cedo ou mais tarde, será desmascarado.
 
Naturalmente, quem convive com «más pessoas», passa grande parte do seu tempo a tentar encontrar uma explicação para os seus comportamentos cruéis. Procura a todo o custo encontrar uma doença mental para justificar essa postura, mas a ciência é clara: há mesmo pessoas más e a maldade existe em todo o lado, pelo que não vale a pena dedicar tanto tempo e atenção a quem é mesmo assim.
 
Segundo os especialistas, é verdade que as pessoas se podem tornar más pelo seu percurso, pela sua educação e pelas mágoas que carregam e que não foram ultrapassadas e, na prática tornaram-se mesmo más pessoas, pelo que, sem uma intervenção especializada, vão continuar assim.
 
Estas pessoas desinteressam-se completamente dos outros e não apresentam qualquer empatia. Vivem focadas nos seus interesses e pouco ou nada fazem para compreender e ajudar os demais. Em casos mais graves, podem cometer crimes, mas na maior parte das situações, geram muitos conflitos num grupo, mentem, enganam, disfarçam, seduzem, manipulam, inventam histórias e daí por diante.
 
A melhor forma de lidar com estas pessoas, na posição dos especialistas, é aconselhá-las a pedir ajuda técnica especializada. Um bom psicólogo pode reduzir uma boa parte desse impacto destrutivo, sendo que, na maioria dos casos, a pessoa acha que está bem, que o outro é que está mal e segue o seu caminho. Nestas situações, não há muito a fazer para além do afastamento, pois estas pessoas têm o dom de destruir a autoestima de quem com elas convive. Geram tantos conflitos que, a certa altura a pessoa já não sabe o que fez e o que quer fazer. Instalam a confusão nos grupos, na família e em todas as situações em que participam, mas regra geral, saltam sempre no momento de assumir as responsabilidades e de resolverem as situações. Por isso, não há muito a fazer a não ser manter a distância, cumprimentar com um simples “olá” e não permitir que a relação evolua.
 
No fundo, temos de nos proteger e pensar até que ponto é que compensa manter uma relação com alguém que se passa sempre por boa pessoa, que nunca faz nada, mas que, na realidade coloca todos em conflito.
 
Quando este tipo de sujeitos assume uma qualquer posição de liderança num grupo ou instituição, então é melhor que os outros se preparem para viver tempos difíceis, pois vão surgir muitas mentiras, muitos conflitos entre pessoas, muita trapalhada e, no fundo, nunca se vai saber de onde vieram tantos problemas porque o “malfeitor” foge sempre no momento de esclarecer a situação.
 
O conselho dos especialistas é sempre que, as pessoas em seu redor se unam e que desmascarem o “lobo disfarçado de cordeiro”, já que essa será a única forma de lhe retirar o poder e a força.
 
Fátima Fernandes