A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) mostrou-se hoje insatisfeita com as dotações financeiras previstas no Programa Operacional Algarve 2014-2020, que considera penalizarem fortemente a região, e pediu um reforço das verbas.
Em comunicado, a AMAL adianta que o seu conselho intermunicipal aprovou por unanimidade "enviar um parecer ao secretário de Estado do Desenvolvimento Regional a revelar os motivos da sua indignação, por considerar que a região do Algarve é fortemente penalizada nesta programação".
Segundo a AMAL, estima-se que em Fundos Europeus e Estruturais de Investimento (FEEI), Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e Fundo Social Europeu (FSE) somente 1,72% das dotações globais previstas se destinem ao Algarve, verba que os municípios consideram dever ser reforçada, se necessário, com fundos nacionais.
"Enquanto marca internacionalmente reconhecida e destino turístico de excelência, a região algarvia é, sem espaço para dúvidas, merecedora de mais investimento público, quer em infraestruturas, quer em equipamentos estratégicos nos mais diversos setores", lê-se no comunicado.
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, Jorge Botelho, refere que, embora se reconheça o mérito do trabalho já efetuado, em termos de propostas de programação, as dotações financeiras para o Algarve "devem ser reforçadas", pois a isso obriga "a manutenção da qualidade e competitividade da região" enquanto destino turístico.
O também presidente da Câmara de Tavira (PS) defende que, se não for possível reforçar os fundos estruturais, o reforço deve chegar por via dos "fundos nacionais que o país possui, sob pena de num futuro muito próximo”, não se conseguir “garantir regionalmente um conjunto de serviços básicos e indispensáveis à região".
A AMAL aproveitou para relembrar que o Algarve "não é um território homogéneo", havendo maior concentração de atividade turística na zona litoral, pelo que se torna fundamental "descobrir e promover novos recursos de financiamento".