Economia

Crise obrigou autarquia de Tavira a reduzir despesa em 30%

 
A autarquia tavirense lançou o segundo número da revista municipal, cujo destaque recai sobre a evolução económico-financeira da autarquia, no período de 2009-2016.

 
Uma publicação que segundo a edilidade, reiniciou uma linha de comunicação e de informação com os munícipes sobre a atividade camarária, "cujo objetivo consiste em criar uma maior proximidade informativa com a população".
 
Nesta segunda edição o executivo de Jorge Botelho, faz o balanço das contas da autarquia dos últimos sete anos, pelo que a receita sofreu, neste período, uma quebra significativa, tendo atingido, em 2011, o seu pior registo com €24.973.972, "reflexo da crise económica que se fez sentir e que afetou de forma significativa os impostos diretos recebidos pela autarquia". 
 
Desde então, as receitas têm vindo a recuperar o que se tem verificado nos impostos, tendo alcançado, em 2015, um valor aproximado do recebido, em 2009, com um ligeiro decréscimo de 1%. No ano passado, a receita foi de €27.507.717.
 
Em virtude da redução da receita e do elevado endividamento da edilidade foi necessário introduzir medidas de contenção, passando de cerca de 36 milhões de euros de despesa, em 2009, para aproximadamente 24 milhões de euros em 2016, o que resulta numa redução de 32%.
 
Relativamente à dívida, reverteu-se o elevado endividamento de 2009 para menos de metade em 2016, passando de €28.876.211 para €11.385.740, o que significa uma redução de €17.490.471, diminuição que deveu-se à necessidade de adequar as despesas da autarquia às suas receitas, considerando as medidas de contenção adotadas, durante estes anos.
 
Segundo a autarquia "esta estratégia permitiu passar de um prazo médio de pagamento a fornecedores de 123 para 13 dias, conforme fórmula de cálculo da DGAL (Direção Geral da Autarquias Locais)".
 
Passado o período de maior crise e aperto financeiro, foi possível ao Município arrancar com um conjunto de projetos "fundamentais" em diferentes domínios e que visam o desenvolvimento sustentável da cidade. 
 
Algarve Primeiro