Comportamentos

Descubra a nova moda dos casais

 
É inquestionável que, uma relação precisa de novos ingredientes para que se alimente, por essa razão, estão sempre a surgir novos paradigmas com o intuito de proporcionar novidades e despertar novos interesses aos parceiros amorosos.

Desta vez, trazemos-lhe uma tendência que, não sendo totalmente nova, está a ganhar muita expressão junto dos casais: é o solomoon ou solomooning, que significa viajar sozinho.
 
No início pode parecer estranho, uma vez que se tornou “normal” planear e realizar as viagens em família mas, de acordo com os estudos levados a cabo pelas agências de viagens, esta é uma tendência que está a ganhar cada vez mais adeptos, a ponto de já ser possível listar os benefícios desta opção, o que também apresentaremos neste apontamento.
 
A título de curiosidade, esse fenómeno foi apelidado de solomooning, pela ideia de “ir sozinho para a lua de mel”. É um movimento com um tom reivindicativo, que destaca os benefícios de viajar sozinho mesmo tendo um parceiro.
 
Segundo o portal de viagens Kiwi, esta “nova” tendência está a tornar “-se numa moda dos recém-casados que optam por passar a lua-de-mel sem o cônjuge”. Ainda assim, o conceito também se refere aos parceiros que não são casados, mas que decidem viajar por sua conta.
 
Os entendidos em terapia de casal, aproveitaram esta nova tendência para aprofundar um pouco mais o tema e listaram 5 razões para viajar sem o parceiro, são elas:
 
1. Ajuda-o/a a conhecer-se melhor
Neste ponto é de anotar que, ter um parceiro não é incompatível com a necessidade de se conhecer melhor e de realizar atividades sozinho. Nesse sentido, os especialistas reforçam que, esta modalidade permite que a pessoa se descubra noutras vertentes e que se recorde daquilo de que gosta e que faz parte do seu percurso, antes da relação e, ao mesmo tempo, é uma experiência que fomenta o autoconhecimento. Na realidade, somos todos diferentes quando estamos em casal e quando estamos sozinhos, pelo que, em certas ocasiões, precisamos de recuperar aquilo que é só nosso, sendo que, a possibilidade de viajar sozinho é uma excelente oportunidade para melhor nos descobrirmos.
 
2. Enriquece o relacionamento
Muitos casais apontam como vantagem que cada um dos seus elementos viaje sozinho para que possam adquirir novas experiências que, no seu todo, vão conferir novas vivências à própria relação. Registam que têm novos assuntos para poderem conversar, falar sobre o que viram e o que sentiram e que isso alimenta a relação no curto e médio prazo.
 
3. Cultiva a autonomia
Outro motivo ou benefício de viajar sem o parceiro é que isso permite cultivar a autonomia. Não nos podemos esquecer de que, mesmo que sejamos parceiros de alguém, ainda somos nós mesmos, como pessoas individuais. É isso que nos permite diminuir também a dependência do outro.
 
4. A saudade também faz bem às relações
A sensação de falta de quem se ama durante a viagem ajuda a alimentar a paixão, para além de permitir uma maior valorização do outro e de nós mesmos. Segundo os especialistas, viajar sozinho ajuda a cultivar as boas sensações entre os parceiros, sem esquecer o reencontro caloroso.
 
5. Permite-lhe enfrentar os medos
Quando viajamos sozinhos enfrentamos os nossos maiores medos. Isso implica sair da nossa zona de conforto e, além disso, estar longe de casa (da segurança e do que já conhecemos). Portanto, viajar sozinho pode tornar-se uma fonte de aprendizagem a nível pessoal. Ao enfrentarmos esses medos, estamos também  a cultivar a nossa autonomia,
o que pode beneficiar o  relacionamento a dois.
 
É evidente que, nem todas as pessoas estão preparadas para passar por esta experiência e que, há muitas outras que o desejam e não têm a força suficiente para o colocarem em prática. Os mesmos especialistas afirmam que, o mais importante de tudo é que vamos ao nosso interior e que façamos algumas perguntas a nós próprios acerca dessa possibilidade. Por exemplo, devemos deixar soltar os nossos pensamentos de forma a perceber se existe esse desejo em nós, se somos capazes de o expressar à nossa cara-metade e se estamos preparados para tomar essa decisão. Podemos optar por ir mesmo sozinhos ou por integrar um grupo específico para o efeito. A decisão é somente nossa.
 
Depois, é ainda de realçar que, esta decisão também tem muito a ver com a pessoa que temos ao nosso lado e com o tipo de relação que vivemos, mas a qualquer momento podemos ter uma conversa franca com quem divide a vida connosco e expor essa intenção, mostrando que ambos podem passar por essa experiência, cada um à sua maneira. 
 
Fátima Fernandes