Curiosidades

Dicas para ser mais tolerante

 
Em primeiro lugar, é preciso ter em conta que, a intolerância muitas vezes surge da ignorância e de permanecermos em círculos sociais fechados e em ambientes não muito diversos.

Quando isso acontece, recorremos a estereótipos para julgar todo um grupo, ou tomamos partes como representantes do todo diante de uma ideia que, na verdade, não entendemos. Para evitar isso, nada melhor do que nos abrirmos ao que é diferente e novo, já que dessa forma estaremos a dar-nos oportunidade de conhecer melhor e criticar menos!
 
Depois, é de referir que, é normal tentarmos manter as nossas crenças, já que elas fazem parte de nós, mas quando isso chega ao exagero, acabamos por nos tornar pouco tolerantes à diversidade.
 
Antes de invalidar uma ideia, pense na razão pela qual tem essa atitude, pois em muitos casos, dizemos simplesmente que não concordamos só pela necessidade de contrariar uma pessoa que é diferente de nós ou sobre a qual já temos uma ideia preconcebida.
 
Da mesma forma, tente informar-se sobre os diferentes pontos de vista a respeito de um mesmo assunto ao invés de permanecer na sua perceção inicial, já que essa será a melhor maneira de se abrir ao mundo, de aceitar que há pontos de vista distintos e, sobretudo, é o principal requisito para poder aprender algo novo. Não se esqueça de que, alguém que vive muito fechado nas suas crenças e opiniões, acaba por dar pouco espaço aos outros e à aquisição de novos conhecimentos.
 
Assim, o primeiro ponto em que deve apostar para ser uma pessoa mais tolerante é abrir-se para a diversidade. Para tal, é importante viajar, nem que seja em pequeno curso, contactar com novas realidades e culturas. O facto de poder conversar com pessoas diferentes, ouvir outras opiniões e contactar com lugares distintos é um ponto fundamental para alargar os horizontes.
 
Escutar de forma ativa é o segundo desafio desta proposta para quem quer ser mais tolerante.
 
Registe que, muitas das nossas conversas nada mais são do que lutas de poder nas quais não estamos realmente interessados no que o outro tem a dizer, simplesmente tentamos rebater os seus argumentos; em muitos casos nem pensamos sobre o assunto, apenas entramos na luta para sairmos vencedores e capazes de impor a nossa opinião como a única válida.
 
Ouvir implica mostrar um interesse genuíno pelo que o outro diz, atendê-lo, analisá-lo, refletir e fazer perguntas que nos ajudem a esclarecer o seu ponto de vista. Esse processo não nos levará necessariamente a mudar de ideias, mas irá permitir-nos entender quais são os motivos da outra pessoa e ter empatia por ela.
 
Estar disposto a mudar de opinião é mais uma proposta que deve ter em conta, pois embora possa não parecer, às vezes a intolerância reflete o medo de perder aquelas crenças que apoiamos há muito tempo. Mudar de ideia não é fácil porque implica reconhecer que erramos, e isso pode ser visto como uma fraqueza ou um fracasso.
 
Nada estaria mais distante da verdade: retificar é sábio e não existe vergonha em adotar uma atitude diferente diante de fatos que antes não conhecíamos. Isso reflete maturidade enquanto que nos ajuda a crescer como pessoas.
 
Depois, é de anotar que, ser mais tolerante não significa modificar quem somos, muito menos ter de concordar com tudo aquilo que os outros nos dizem, mas sim ser capaz de respeitar a opinião do outro e, a partir daí, mostrar também o nosso ponto de vista.
 
Todas as pessoas são diferentes, e as nossas preferências, interesses e decisões vitais não podem ser coincidentes com todas as outras opiniões mas isso não significa que devemos rejeitá-las.
 
Certamente que é comum que não se reveja no estilo de vida de um colega ou amigo, que tenha uma opinião distinta da do seu parceiro, mas isso não quer dizer que coloque a pessoa à margem, que não a respeite e procure compreender. A tolerância assenta precisamente nessa capacidade de assumir que somos diferentes, mas que somos capazes de respeitar também essa distinção nas outras pessoas.
 
Neste contexto, é importante que desenvolva o respeito,  a escuta ativa e uma mentalidade mais flexível que vão ajudá-lo a alcançar relacionamentos mais harmoniosos e, talvez, a descobrir perspetivas que antes não havia levado em consideração. Anote também que, este é um processo gradual, que exige tomada de consciência e muito respeito por si mesmo, pois quem não gosta de si e não se respeita, também não o conseguirá dar aos demais, mas acima de tudo, tente ser cada dia melhor!
 
Fátima Fernandes