A autoconfiança, muito mais do que ser algo inato, é uma construção pessoal.
Aprendemos ao longo de toda a vida a sermos melhores pessoas para nós próprios e para os demais, mas isso requer esforço e uma tomada de consciência daquilo que realmente queremos ser.
Todos sabem que ter uma vida de qualidade e ser bem sucedido em várias áreas, requer muito trabalho para além do talento, é por essa razão que, a autoconfiança é uma construção no tempo cujos resultados nos tornam melhores todos os dias.
Em linhas gerais, as pessoas autoconfiantes não são arrogantes, ainda menos se gabam das suas conquistas e reduzem ao máximo a sua necessidade de falar mal dos outros, mas para além disso, possuem outras características que avançamos abaixo.
Segundo os especialistas da revista Melhor com Saúde, uma pessoa autoconfiante tem a capacidade de olhar a vida e as situações sob um ângulo mais positivo e dando-se sempre oportunidade de evoluir e de aprender com os outros. São pessoas humildes e simples que trocam a ilusão da superioridade por uma incrível capacidade de aprender com os demais.
Ao mesmo tempo, as pessoas autoconfiantes possuem a particular habilidade de identificar as suas melhores qualidades e de assumirem os seus pontos fracos, facto que as torna cada vez mais confiantes na medida em que, se focam naquilo em que realmente vale a pena investir.
Na mesma sequência, estas pessoas preocupam-se muito pouco com o que os outros pensam a seu respeito. Têm uma ideia acerca de si mesmas, agradecem as críticas dos demais e encaram-nas como oportunidades para evoluir. Para além disso, concentram-se no seu trabalho, nas suas qualidades mais ou menos positivas e seguem o seu caminho. Ao mesmo tempo em que não se preocupam muito com o que os outros dizem a seu respeito, também não comentam a vida alheia, nem se preocupam com as escolhas de cada um. No fundo, o que as torna seguras de si é mesmo esse foco na sua vida e nas exigências a que estão expostas.
Há quem as confunda com egóicas devido à nossa cultura que condena de certa forma, as pessoas mais confiantes, mas na prática, estas pessoas são muito simples e humildes; capazes de assumir e de reconhecer os seus erros e sempre dispostas a aprender algo novo. É mesmo isso que as torna mais confiantes e interessantes.
Estas pessoas possuem ainda a habilidade de reconhecer que não conseguem controlar tudo na vida, que não sabem tudo e que precisam de ajuda. Quando sentem essa necessidade, não têm qualquer problema em chegar-se aos outros e assumir que precisam desse apoio.
É ainda importante anotar que, as pessoas autoconfiantes traçam planos e objetivos realistas, o que evita que sofram muitas desilusões desnecessárias. Ao mesmo tempo, aproveitam essa tomada de consciência para tirarem mais partido da vida e das situações, o que ainda as torna mais confiantes porque acabam por colher os resultados de “estarem na linha correta”.
Estas pessoas não têm qualquer problema com a crítica, pois simplesmente decidem aquilo que vale a pena aceitar do que ouvem. No entanto, são seletivas ao ponto de não perderem muito tempo com pessoas que insistem no mesmo padrão. Recebem a crítica, vêem o que podem fazer e seguem em frente. Sempre que possível, rodeiam-se de pessoas mais positivas e confiantes também, já que sabem que esse é um alicerce importante. Ainda assim, não dependem dos outros para se sentirem bem consigo mesmas. Gostam de estar sozinhas, com o seu núcleo familiar, mas quando surge a oportunidade de trocar umas ideias com os outros, por norma, aceitam-na.
Outra característica das pessoas autoconfiantes é que não se gabam. Estas pessoas não precisam de “puxar os galões” a toda a hora para dizerem que são muito competentes e profissionais, que são boas pessoas ou que são honestas. Relacionam-se com os outros de forma livre e descontraída, conversam abertamente e, se os outros quiserem partilhar algo consigo, tudo bem, se não o desejarem, outras pessoas estarão certamente interessadas! Sabem ouvir, sabem dar espaço aos demais e manter a sua opinião. Não se deixam influenciar pelas ideias do grupo já que preservam a sua posição e, no momento apropriado, dizem o que sentem e o que pensam de forma honesta e humilde. Se a sua opinião puder contribuir para mudar algo para melhor, encaram isso como positivo, se não fizer qualquer diferença no grupo, também não tem qualquer problema.
Por fim, é de realçar que, a autoconfiança nos ajuda a construir um caminho de maior felicidade na medida em que, estar bem se assume como um papel principal na vida e não um secundário. Neste sentido, a autoconfiança é acessível a todos e a qualquer um, requer trabalho, esforço e um fio condutor, mas, acredite que vale a pena!
Fátima Fernandes
