Curiosidades

Estaremos mesmo destinados a encontrar-nos?

 
Esta é uma questão que, provavelmente já nos passou pela mente e que os orientais tentam responder com a Lenda do fio vermelho.

Reza a lenda, cuja origem recai sobre os chineses ou japoneses que, «uma pessoa está destinada a encontrar-se com outra independentemente do seu local de nascimento, grupo etário ou cultura. A distância não impede o encontro, uma vez que, todas as pessoas estão interligadas com um fio vermelho desde o ato do seu nascimento».
 
Segundo os orientais, «este fio nunca desaparece e permanece constantemente preso aos seus dedos, apesar do tempo e da distância».
 
Neste sentido, «podemos passar anos, percorrer diversos países no mundo, mas quando temos de encontrar a nossa alma gémea, isso irá acontecer. É como se o fio se esticasse infinitamente e, apesar das voltas que a vida dá, mais cedo ou mais tarde, vamos acabar por encontrar a nossa cara-metade».
 
Reza a mesma lenda que, é o Avô da Lua, que «todas as noites se dirige aos recém-nascidos e lhes coloca o fio vermelho no dedo. É esse fio que vai decidir os nossos encontros e desencontros ao longo da vida e permitir que encontremos a pessoa que nos está destinada».
 
Explica a mesma lenda que se trata de um fio vermelho que nos liga ao coração, de tal forma que, muitos orientais usam mesmo o fio, o que demonstra bem a dimensão desta crença.
 
Diz-se que a lenda começou quando se soube que a artéria ulnar conecta o dedo mindinho ou o anelar com o coração, fonte da vida e eternamente concebida como a casa do amor. O fio não pode ser desfiado e as almas separadas, razão pela qual, muitos dos nossos caprichos acabam por não fazer qualquer sentido perante a força desta crença. É um fio vermelho que simboliza o amor eterno, um sentimento que não se pode separar. Está ligado ao amor entre pais e filhos  e entre marido e mulher.
 
Já na cultura ocidental, a lenda do fio vermelho é apenas interpretada dentro da cultura do amor romântico. No entanto, também abrange o amor genuíno e eterno que duas pessoas podem sentir sem se apaixonarem. Neste contexto, os japoneses que desejam adotar uma criança, usam essa interpretação da lenda para explicar o grau de proximidade que sentiram e os laços que se vão construir a partir daí. Explicam que essa criança já lhes estava destinada e que, mais cedo ou mais tarde, teriam de se encontrar e de viver em conjunto como uma verdadeira família.
 
Perante estas explicações podemos concluir que, cada pessoa pode interpretar esta e outras lendas como quiser, porque o conhecimento não se esgota, mas é um facto que, as nossas vidas são repletas de coincidências, o que nos leva a pensar que, efetivamente, o passado e as suas crenças nos pode ajudar a interpretar o que nos acontece.
 
Fátima Fernandes