Comportamentos

Evoluímos quando queremos progredir

 
A inteligência humana precisa de evoluir, de conhecer novas formas de interpretar a mesma realidade para dar resposta aos seus problemas.

 
Evoluímos por necessidade e por querermos ganhar uma maior preparação para os novos desafios e para ultrapassar aquilo que nos inquieta num determinado momento. É natural em nós essa necessidade de progressão, mas a mesma está associada a um querer profundo, já que não basta dizer que se quer fazer melhor, é preciso reunir argumentos que nos permitam alcançar esse estádio mais evoluído.
 
Há muitos especialistas que afirmam que se consegue tudo aquilo que idealizamos com realismo porque, ao tentarmos estamos sempre a aproximar-nos dos nossos objetivos. Ao mesmo tempo, ao definirmos planos para a nossa vida, acabamos por canalizar as nossas atenções para esses domínios, o que facilita a aproximação daquilo que pretendemos.
 
No fundo é um querer convicto que se associa à acão, à pesquisa, ao estudo e ao método que nos leva a evoluir. Evoluímos quando procuramos algo novo e diferenciador daquilo que já fizemos, razão pela qual implica uma ação; uma saída da nossa zona de conforto para uma procura ativa e direcionada para aquilo que se pretende.
 
O mesmo se passa com a nossa linha de conduta e de continuidade. Se queremos assumir um conjunto de valores, não podemos permitir que nada nos afaste desse traçado, ao mesmo tempo em que temos de procurar ativamente reunir conteúdos que nos permitir manter nessa linha de vida.
 
O mesmo se passa por uma profissão ou pela sua mudança. Estabelecemos as nossas prioridades para que possamos assumi-las e afirmá-las, mas é essencial ter em conta que, sem rigor, método e disciplina, podemos perder o nosso foco de interesse e decrescer. Para que tal não aconteça, temos de fazer um trabalho diário para garantir que estamos a dar consistência ao que pretendemos.
 
Um bom exemplo disso é o exercício físico que requer uma persistência e prática permanente para que possa surtir os seus efeitos. Uma pessoa persistente e focada num determinado objetivo de por exemplo manter a linha, terá muito mais força e mentalização para se levantar bem cedo e fazer meia hora de ginástica. Muitas vezes luta contra o sono e a preguiça matinal, mas segue em frente com o seu objetivo.
 
O mesmo se passa com a aprendizagem. Temos de fazer um planeamento e tentar chegar a algum lado para que tenhamos motivação e entusiasmo para não desistir nas primeiras dificuldades.
 
Alguém que queira ser um bom especialista numa determinada área, terá de se manter atualizado e aproveitar as mais variadas situações para que se consiga evidenciar, para que possa continuar a aprender e a evoluir. É nesse sentido que se pode afirmar que, para alcançar um determinado objetivo é preciso muito trabalho, dedicação, consciência do que se pretende e uma permanente renovação desse mesmo objetivo para que não se perca de vista o alvo inicial.
 
Se é fácil resvalar? É tão fácil como conseguir, pois ambas as realidades implicam emoções. A dor de ter de desistir por não ter tentado pode ser igual ou superior ao trabalho de ter tentado, mas certamente que, no final das contas, será muito mais gratificante celebrar o sucesso do que sentir a frustração de não ter arriscado.
 
Não nos esqueçamos de que, quando idealizamos um objetivo, existe um compromisso para connosco próprios, pelo que, se não tentamos, já ficamos com uma sensação de fracasso à priori. Se tentarmos e não conseguirmos, procuramos alternativas para tentar noutra direção. Se acertarmos, ganhamos motivação para melhorar e para prosseguir nessa linha, pelo que, vale sempre a pena sonhar que pode ser melhor, ter algo diferente ou fazer algo de novo!
 
Fátima Fernandes