Sociedade

Faro:Pais e alunos protestaram contra novos horários

Mais de centena e meia de encarregados de educação e alunos protestaram esta segunda-feira.

 
Mais de centena e meia de encarregados de educação e alunos protestaram esta segunda-feira junto da direção do agrupamento de Escolas D. Afonso III, em Faro, contra a alteração dos horários e exigiram aulas em regime normal.
 
"Queremos mudança com horários para crianças" e "Se as 25 horas são para cumprir, horário normal vamos pedir" eram duas das frases que se podiam ler esta segunda-feira de manhã nas faixas negras levadas para a manifestação em frente à direção do Agrupamento de Escolas D. Afonso III.
 
"Ilegal" é como a presidente da Associação de Pais da EB1 de Alto Rodes classifica a existência de um "horário excecional", que impôs 25 horas semanais e que obriga as crianças do turno da manhã a entrarem às 07:50, com saída às 13:10, e as da tarde a entrarem às 13:20 e a saírem às 18:40, com intervalos de 20 minutos, em vez dos tradicionais 30 minutos.
 
"Não temos um horário normal, nós já temos um horário excecional e querem-nos implementar regras normais em algo que já não funciona normalmente", disse à agência Lusa Paula Coutinho, afirmando que a contestação vai manter-se e a associação de pais vai "continuar a resistir" junto das autoridades oficiais.
 
Já a 28 de outubro, dia de entrada em vigor dos novos horários, cerca de 100 pais tinham-se manifestado à porta da EB1 de Alto Rodes contra os novos horários.
 
A Associação de Pais classifica as novas regras como uma "violação do princípio da igualdade", porque os horários daquela escola primária funcionam em regime duplo.
 
Segundo Paula Coutinho, com o novo horário, após o intervalo e até terminarem o período letivo, os alunos estarão duas horas e cinquenta minutos seguidos dentro de uma sala de aulas.
 
"Quais são as crianças, com idades entre os 5 e os 10 anos, que conseguem ter capacidade de concentração a esse nível?", questionou.
 
O aumento do horário de 22,5 para 25 horas semanais foi comunicado à escola no final de outubro pela Direção Regional de Educação (DRE) do Algarve, que diz estar a cumprir a lei, imposta pela Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC).