Sociedade

Festival Contos de Liberdade voltam a andar à "solta" no Algarve

 
De 5 e 14 de maio, realiza-se a 14ª edição do Festival Contos de Liberdade.

 
O Festival Contos de Liberdade irá passar este ano por Faro, Bordeira e São Brás de Alportel. 
 
Durante os 9 dias do festival, serão realizadas sessões de contos em locais diferentes e dirigidas a vários tipos de público. 
 
Desde as escolas do 1º ciclo até ao público mais adulto, haverá histórias para todos e de todas as formas e feitios. As palavras dos contadores de histórias vão passar por escolas, museus, bares e associações culturais.
 
Segundo André Lara, fundador da ARCA: “Os Contos de Liberdade já fazem parte da primavera cultural algarvia e cada vez mais assumem-se como o maior festival de narração oral a sul de Beja, onde as Palavras Andarilhas são o evento mais marcante ao nível dos festivais de narração oral”.
 
O cartaz de narradores, durante a primeira semana, conta com a presença de Luís Correia Carmelo, contador de histórias residente em Faro, que traz nos seus contos o Brasil, o Alentejo e os muitos países por onde tem passado a contar histórias. 
 
Lúzia do Rosário que, para além de contadora, trabalha na Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja, onde há vários anos desenvolve projetos de promoção e mediação da leitura com crianças, jovens, adultos e idosos. De Beja chega também Jorge Serafim, conhecido do grande público pela sua participação em programas humorísticos na televisão, trabalha há muitos anos como contador de histórias e tem efetuado inúmeras sessões de contos para públicos de todas as idades, um pouco por todo o país e estrangeiro. 
 
O dia 5 de maio marca o arranque do Festival, com sessões no Museu Municipal, no Museu Regional do Algarve e nas escolas do 1º e 2º ciclo de Faro. Dia 6 de maio, haverá também sessões de contos nas escolas de Estoi, Conceição, Praia de Faro, Areal Gordo e São Brás de Alportel. 
 
A noite termina com uma roda de contos no bar Maktostas, em Faro, onde vários contadores se irão juntar para animar a noite e continuar a partilhar histórias com todos. 
 
No sábado, dia 7 de maio, o Festival chega durante a tarde à Bordeira, com uma sessão de contos com os contadores Luzia do Rosário e Jorge Serafim, os quais se voltam a juntar à noite, pelas 22h00, na União Desportiva e Recreativa Sambrazense, em São Brás de Alportel. 
 
Fernando Guerreiro, presidente da ARCA, afirma que “é através das histórias e dos contos que podemos compreender e entender melhor o mundo em que vivemos e descodificar tudo aquilo que todos os dias se passa à nossa volta. E, se é certo que todos temos uma história para contar, também é certo que temos muitas histórias por ouvir e algumas delas serão contadas no Festival Contos de Liberdade.”
 
O segundo fim-de-semana do Festival Contos de Liberdade arranca em Faro, na sexta-feira, 13 de maio, pelas 22h00, com uma roda de contos no Ginásio Clube de Faro, que irá contar com a presença de vários narradores.
 
No sábado, dia 14 de maio, pelas 17h00, decorrerá no Ginásio Clube de Faro uma mesa redonda dirigida a todos os professores, onde se irá abordar o tema: A narração oral em contexto educativo com Cristina Taquelim, Luís Correia Carmelo e Manuel Garrido. 
 
Durante a tarde de sábado, decorrerá ainda a apresentação de um livro que é um marco histórico no âmbito da preservação do património imaterial que é a tradição oral portuguesa, com a Apresentação do Catálogo de Contos Tradicionais Portugueses que contará com a presença dos autores deste trabalho, Isabel Cardigos e Paulo Correia, do Centro de Estudos Ataíde de Oliveira da Universidade do Algarve. 
 
A encerrar o Festival na noite de 14 de maio, haverá lugar para uma sessão de contos que irá viajar entre o Alentejo e a Andaluzia com Cristina Taquelim e Manuel Garrido. 
 
Cristina Taquelim vem de Beja e é a partir de lá que, desde 1995, realiza projetos de mediação da leitura, participa em programas de Narração Oral na Biblioteca e organiza as Palavras Andarilhas e as Mil e Uma Noites Mil e uma Histórias. 
 
Cristina Taquelim é uma referência no panorama nacional, sendo presença assídua em colóquios e congressos sobre mediação da leitura e é, também, dinamizadora de oficinas nesta área. Manuel Garrido é ator, contador e especialista em filologia árabe, chega desde Sevilha onde trabalha desde os anos 90 com o coletivo Piratas de Alejandría, um projeto ligado à mediação da leitura que intervém social e educacionalmente através da promoção do livro, leitura e palavra viva.