Gamofobia

Designa-se por Gamofobia o distúrbio psíquico que causa uma relutância em relação ao casamento.

 
Esta fobia atinge indivíduos de ambos os géneros, muito embora, os homens sejam mais vulneráveis, devido ás suas características biológicas e personalidade. 
 
Não sendo possível até ao momento, quantificar os casos, a realidade mostra-nos uma expressão significativa de doentes com Gamofobia, sobretudo pelos problemas que apresentam em assumir um compromisso duradouro e pela pressão social para que o façam. 
 
A ideia do compromisso implica um amadurecimento pessoal e uma mudança profunda nos hábitos de vida, pelo que, esta patologia ocorre após a idade adulta e, muitas vezes, é uma consequência da educação, do meio e das experiências anteriores. 
 
Um episódio traumático pode estar na base desta fuga e medo, pelo que, indivíduos com histórias parentais de separação, podem mais facilmente evidenciar Gamofobia, tal como uma situação de divórcio numa relação anterior, pode determinar o medo da repetição e, como tal, o surgimento do medo do compromisso, em especial do casamento. A informação recebida através dos outros também é um factor de medo, tal como os filmes ou algo que se leu e que fez reter esse trauma. 
 
Sintomas: 
 
Geralmente estes pacientes apresentam uma fobia face à formalização de um compromisso que se oficializa com o acto do matrimónio. Possuem sintomas como: suores, ansiedade, insónias, ataques de pânico, irritações cutâneas náuseas, palpitações, boca seca, irritabilidade, enxaquecas, distúrbios no sono, irregularidades respiratórias e cardíacas, agressividade, falta de paciência, entre outras que o sujeito não domina. 
 
As causas deste problema surgem dos mecanismos de defesa que o sujeito activa para se proteger das situações que lhe causam medo, pelo que deixa de dominar as emoções ou de controlar os seus comportamentos. Eis pelo que se considera uma patologia: é uma fobia que acarreta todas as consequências negativas do medo no indivíduo. 
 
Características: 
 
A gamofobia ou medo do casamento resume-se a um distúrbio psíquico que se traduz num medo mórbido, irracional, desproporcional, persistente e repugnante do matrimónio. 
 
Grupo-alvo: 
 
Geralmente esta patologia afecta os sujeitos do género masculino devido à sua biologia muito própria e à necessidade de se sentir livre. O facto de contrair o casamento remete-o inconscientemente para um acréscimo de responsabilidades e alterações significativas de vida para o qual não se sente preparado. 
 
No caso da mulher, esta igualmente pode sofrer de Gamofobia, muito embora a sua superação esteja associada ao ritmo biológico que, mais facilmente a encaminham para uma relação estável e duradoura para manter os ideais da família e dos filhos que dela fazem parte. 
 
Causas: 
 
A forma como alguns solteiros encaram o casamento, seja pela influência do meio, pela sua experiência ou pelos relatos que conhecem, podem determinar a maior ou menor apetência para o compromisso. 
 
A ideia de que se deixa de ter identidade após o casamento é uma das causas da Gamofobia no masculino, tal como a idade e o facto de se sentir pouco preparado para iniciar esse desafio. O factor prolongamento da adolescência é também um ponto que está por detrás da Gamofobia em ambos os géneros. 
 
No caso feminino em particular, o medo do casamento está associado à submissão económica que, muitas vezes ocorre, à privação do seu tempo para as amizades e para os modelos de vida a que está habituada que, no fundo, se refere ao seu conceito de independência. O medo do potencial marido e dos hábitos, pode igualmente reduzir-lhe a predisposição para o casamento e uma consequente fuga. Muitas mulheres ainda associam o casamento à maternidade e, por não se sentires preparadas, adiam o casamento de uma forma inquietante. 
 
Tratamento: 
 
A ajuda psicológica é até ao momento, a forma mais eficaz de tratamento. 
A psicoterapia ou a hipnose são técnicas utilizadas para apoiar o paciente na descoberta da fobia e consequente intervenção. 
 
Ao mesmo tempo, o sujeito deverá compreender que a vida é feita de erros e de aprendizagens, pelo que tudo é possível alterar e corrigir com dedicação e esforço, até mesmo o casamento pode terminar, se não resultar. 
 
Depois, compreender que o casamento não é absolutamente necessário numa relação a dois, é outro aspecto importante já que, assim a vida conjugal será mais descontraída e livre. Sem o papel assinado, é possível manter relações estáveis e duradouras e ser uma opção eficaz para quem precisa dessa preparação. 
 
Depois de algum tempo, a Gamofobia pode ser ultrapassada através da descontracção e da descoberta da vida conjugal. 
 
Ao mesmo tempo, a cultura pode alterar a posição do indivíduo face ao casamento, isto porque um sujeito que tenha nascido e crescido num ambiente de pais a coabitar em união de facto, poderá optar pelo mesmo tipo de compromisso. 
 
Também as diferentes formas de pensar alteram os comportamentos dos sujeitos, pelo que, a Gamofobia deverá ser bem diagnosticada por um técnico especializado e não pela mera opção de vida conjugal noutros termos. A sociedade também deverá conferir esta liberdade aos sujeitos e dar-lhes tempo para que façam as suas escolhas.
 
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