Política

Grupo Parlamentar do BE insiste na isenção de portagens na Via do Infante

 
Na discussão do Orçamento de Estado, agora na especialidade, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda irá apresentar, mais uma vez, uma proposta de alteração para isentar a A22 – Via do Infante de portagens.

 
O BE defende que o Algarve não pode continuar a pagar mais portagens na Via do Infante, porque "não tem vias alternativas, a ferrovia regional mais parece do século XIX, as obras de requalificação da EN125 que deviam estar concluídas há um ano nunca mais chegam ao fim. Entre Vila Real de Santo António e Olhão ainda não se sabe quando começam. Entre Olhão e Vila do Bispo encontram-se paradas, quando deviam ter recomeçado no passado dia 1 de setembro. E a renegociação do contrato pelo anterior governo foi uma autêntica fraude, ao ter anulado inúmeras variantes e outras obras".
 
Com este impasse os parlamentares lembram que EN125 passou a ser a estrada mais perigosa do país, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. 
 
Só no Algarve há uma média de 10.000 acidentes, 35 mortos e 160 feridos graves por ano (42 mortos em 2015), no mês de agosto passado foram quase 50 acidentes de viação por dia, lamenta o BE.
 
Entretanto os deputados bloquistas lembram que António Costa reconheceu que a EN125 era um "cemitério", prometendo estudar o contrato da PPP e até levantar as portagens na A22, cenário que não se concretizou.
 
"A redução do preço das portagens em 15% foi um logro, quando o PS prometia uma redução de 50%. Por outro lado, como a Via do Infante encontrava-se 30% mais alta do que a média das outras portagens a nível nacional, ainda ficou 15% mais cara do que as outras autoestradas", destacam, prometendo que se a proposta for chumbada "resta ao Algarve a continuação da luta e com força redobrada". 
 
Algarve Primeiro