Sociedade

Hospital de Loulé pioneiro a sul do país com cirurgia inovadora no tratamento do glaucoma

 
O Hospital de Loulé é a primeira unidade de saúde a sul de Lisboa a disponibilizar uma nova cirurgia para o tratamento do glaucoma – a cicloplastia por ultrassons -, técnica que promete maior conforto e a ausência quase total de efeitos secundários.

 
A nova intervenção tem revelado elevadas taxas de sucesso em termos de eficácia, com uma redução, na maioria dos casos, de 30% da pressão ocular, o único fator modificável da doença, explica a oftalmologista Fátima Almeida.
 
De acordo com a especialista, trata-se de um tratamento menos invasivo do que a cirurgia tradicional, por não ser necessário proceder a uma incisão, o que se traduz num menor risco de infeções no olho, permitindo, ao mesmo, reduzir o tempo cirúrgico.
 
“Esta terapêutica tem prometido ser uma grande inovação na área do glaucoma, é de longe muito mais confortável e não existem efeitos adversos major”, esclarece Fátima Almeida, que sublinha que os resultados “têm sido muito satisfatórios”.
 
O equipamento, que desde agosto passado está disponível na unidade de Oftalmologia do Hospital de Loulé, consiste numa sonda que é acoplada ao olho do paciente, induzindo um efeito térmico que vai fazer o tratamento em seis setores.
 
“Este procedimento é de longe muito mais confortável, é dada apenas uma anestesia local e não existem efeitos adversos major”, refere a oftalmologista, que salienta o facto desta nova terapêutica ser uma opção mais económica para o paciente.
 
Segundo Fátima Almeida, a vigilância requerida é muito menor do que no caso das intervenções tradicionais, o que reduz consideravelmente o número de consultas no período pós-operatório.
 
O glaucoma é uma doença progressiva que se caracteriza pela redução do campo periférico de visão e que, apesar de habitualmente não apresentar sintomas nas fases iniciais, pode provocar cegueira.
 
Esta doença ocular está normalmente ligada ao aumento da pressão intraocular, embora também se possa desenvolver quando o paciente apresenta valores normais de pressão ocular.
 
Fátima Almeida aconselha a que a partir dos 40 anos seja feita uma vigilância anual, uma vez que o diagnóstico precoce da doença é essencial no sucesso do tratamento, para evitar lesões irreversíveis no nervo ótico e, consequentemente, a perda de visão.
 
Algarve Primeiro