Sociedade

Lídia Jorge vence prémio Urbano Tavares Rodrigues

 
 
A escritora Lídia Jorge foi distinguida pelo romance "Os Memoráveis" e recebe 7.500 euros no âmbito do prémio Urbano Tavares Rodrigues.

 
O galardão foi divulgado no Dia Mundial do Professor, (terça-feira dia 6), acabando também por enaltecer o percurso da docente e escritora.
 
Natural de Boliqueime, concelho de Loulé, Lídia Jorge nasceu a 18 de Junho de 1946 e é reconhecida como uma notável escritora portuguesa.
 
Com “a alma algarvia”, Lídia Jorge licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa, tendo sido professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique, durante o último período da Guerra Colonial. 
 
A publicação do seu primeiro romance intitulado: “O Dia dos Prodígios”, em 1980, foi um importante marco, devido à nova fase que começava na literatura portuguesa. Lídia Jorge acompanhou essa mudança e publicou os romances: 
 
“O Cais das Merendas”, dois anos mais tarde. O romance “Notícia da Cidade Silvestre” em 1984. Note-se que, ambos os romances foram distinguidos com o Prémio Literário Município de Lisboa. 
 
Mas foi com “A Costa dos Murmúrios”, publicado em 1988, que a autora melhor expressou a sua experiência colonial passada em África. Este romance terá destacado a autora no vasto panorama das Letras portuguesas. 
 
Depois dos romances “A Última Dona” e o “O Jardim sem Limites”, publicados na década de 90, seguiu-se “A Casa da Imprensa”, que recebeu o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio de Ficção do P.E.N. Clube, e em 2000, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia, Escritor Europeu do Ano. 
 
Passados quatro anos, Lídia Jorge publicou “O Vento Assobiando nas Gruas,” romance que mereceu o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d’Escritas. 
 
Os romances de Lídia Jorge encontram-se traduzidos em diversas línguas. Em 2006, a autora foi distinguida na Alemanha, com a primeira edição do Albatroz, Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass, atribuído pelo conjunto da sua obra.