Arranca a 3 de maio o projecto “Loulé, Cidade de Mercados”, que nasce de uma parceria entre a ACRAL, Casa da Cultura de Loulé e Câmara Municipal de Loulé.
Trata-se de um roteiro que pretende fazer a ligação entre o tradicional Mercado Municipal e o Mercado de Santo António, criando uma série de mercados temáticos, pontos de animação, actividades culturais, sem esquecer o comércio local e o património histórico da cidade, mostrando ao visitante o que de melhor Loulé tem para oferecer.
Esta iniciativa acontecerá no primeiro sábado de cada mês, das 9h00 às 16h0, e irá integrar a Rua Maria Campina, Praça da República (Mercado Municipal), Rua 5 de Outubro (Rua das Lojas), Largo de S. Francisco, Praça Manuel d’Arriaga, Rua Brites de Almeida, Rua Marçal Aboim e zona do Mercado de Santo António, não esquecendo a Zona Histórica e todos os seus pontos de interesse turístico.
Este projecto assenta na forte tradição da cidade ligada aos mercados que remonta à Idade Média.
“No presente, a maioria dos turistas que nos visita compra um pacote para o Mercado de Santo António mas Loulé tem muito mais para oferecer e para visitar. Por isso nós temos que valorizar o que temos de melhor na nossa cidade, desde a arte à cultura, à gastronomia, e a nossa proposta é que as pessoas que vêm a Loulé comecem a fazer o roteiro “Loulé, Cidade de Mercados””, referiu José Leal, responsável da ACRAL, durante a apresentação do projecto.
Pretende-se que o ponto de chegada dos turistas seja a Avenida 25 de Abril, onde já existe um espaço de paragem de autocarros. O percurso terá o seu início com actividades na Rua Maria Campina, uma artéria que tem já uma dinâmica própria dos lojistas já que esta é uma zona comercial por excelência.
Em paralelo a este roteiro também serão agendadas visitas guiadas a lugares históricos de Loulé, já que se pretende que a Zona Histórica também faça parte do percurso, com tudo o que tem para oferecer em termos culturais, patrimoniais, ao nível da arte e também do comércio. Como tal, o Castelo, o Museu Municipal, a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, as Bicas Velhas, o Jardim dos Amuados e a Igreja Matriz são pontos fundamentais no “Loulé, Cidade de Mercados”.
Autarquia vai adquirir Café Calcinha
“Aproveitar” o património histórico físico mas também aquele que assenta nas tradições, bem como as actividades que aqui se fazem e os muitos visitantes que vêm aqui ao sábado, “dinamizar” toda esta riqueza e “começar” algo de novo são, segundo o vice-presidente da Autarquia de Loulé, Hugo Nunes, as grandes metas deste projecto.
Para este responsável pelo pelouro da actividade económica e desenvolvimento local, “a ideia é aproveitar aquilo que é um passeio errático que os visitantes fazem de forma desordenada e procurar ordená-lo, organizá-lo, convidá-los a fazerem-no de forma organizada para poderem aproveitar ao máximo aquilo que a cidade tem para lhes dar, mas para que os comerciantes possam também eles aproveitar ao máximo a visita das pessoas que cá estão”.
A aquisição do Café Calcinha – imóvel de interesse municipal – por parte da edilidade irá, segundo este responsável, “enriquecer este percurso, estas actividades, esta dinamização da visita de todos os que cá vêm”.
Por outro lado, a Câmara Municipal de Loulé está neste momento a construir o processo de uma área de reabilitação urbana no Centro Histórico que irá valorizar toda estar riqueza patrimonial. “Estarão associadas um conjunto de iniciativas que visam começar a dar corpo, a dar sentido a todo este património que aqui temos e que durante algum tempo deixámos que perdesse valor e deixámos também todos nós de valorizar. Este é o momento de começar, de recuperar, de avançar, de procurar juntar isso a esta vontade que encontramos nos comerciantes de Loulé e que aplaudimos”, sublinhou ainda Hugo Nunes.
