Economia

Movimentos reafirmam oposição à prospeção de petróleo e gás ao largo da Costa Vicentina

 
Perante o anúncio da entrega do plano de trabalhos para 2018 apresentado pelo Consórcio Galp/ENI ao Governo, a prospeção e exploração de petróleo e gás na Bacia do Alentejo em 2018 está de novo em cima da mesa.

 
Segundo nota enviada à imprensa da PALP - Plataforma Algarve Livre de Petróleo, "apesar de todos os riscos e impactes ambientais, sociais e económicos, amplamente denunciados por várias entidades e organizações da sociedade civil, o consórcio Galp/Eni insiste na concretização desta atividade, tendo entregado ao Governo o plano de trabalhos para 2018". 
 
De acordo com a entrada em vigor da Lei nº82/2017 de 18 de agosto, a PALP diz que o Governo pediu, na semana passada, parecer (não vinculativo) às Câmaras Municipais de Santiago do Cacém, Sines, Odemira, Aljezur, Vila do Bispo e Lagos sobre o plano de trabalhos em causa, embora, em agosto, "as declarações do Secretário de Estado fizessem crer que o processo estaria encerrado no final do ano de 2017".
 
A oposição a todo este processo, por parte das Autarquias Locais, designadamente das Assembleias Municipais e Câmaras Municipais do Algarve e Alentejo Litoral, da Comunidade Intermunicipal do Algarve, da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, da Sociedade Civil protagonizada pelas organizações ambientalistas portuguesas e movimentos de cidadania que entretanto se formaram, os expressivos resultados da Consulta Pública, ocorrida em 2016, relativa ao pedido de emissão do Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo Nacional para realização do furo de prospeção ao largo de Aljezur e a existência de várias ações judiciais em curso, não gera para a PALP, "qualquer dúvida de que a sociedade civil se opõe à exploração de petróleo e gás no seu território, e que a imposição desta atividade por parte do Consórcio Galp/Eni e do Governo às comunidades do Algarve e Alentejo é uma violação aos princípios democráticos que exigem uma governação transparente, consciente e participativa".
 
Nesta fase, e perante possibilidade da concretização de prospeção e exploração de petróleo e gás em 2018, as Organizações e Movimentos subscritores deste comunicado reafirmam a sua oposição a este processo e o seu empenho em travar a prospeção e exploração de petróleo e gás na Bacia do Alentejo e em Portugal, exortando todos os cidadãos a tomarem uma posiçãoa esperando que todos os Municípios agora consultados mantenham a sua posição e emitam parecer contra o novo plano de trabalhos.