Sociedade

Municípios não se entendem quanto à gestão da Via Algarviana

 
Esta sexta-feira decorreu no auditório da CCDR Algarve em Faro a apresentação por parte da Associação Almargem dos novos produtos que foram criados em torno da Via Algarviana e que acrescentam mais de 500 novos km para percorrer aos 300 km já existentes, assim como o novo guia informativo, totalmente remodelado, contendo toda a informação destes novos percursos.

 
A Via Algarviana é um percurso pedestre de longa distância, classificado como Grande Rota. Inicia-se em Alcoutim, junto ao Guadiana, e termina no cabo de S. Vicente, no concelho de Vila do  Bispo, passando pelas serras do Caldeirão, Monchique e Espinhaço do Cão. Atravessa essencialmente zonas naturais e aldeias do interior algarvio, onde persistem ainda muitas das tradições rurais que o projeto pretende dar a conhecer.
 
O projeto Via Algarviana II ascendeu a 1,2 milhões de euros e beneficiou do co-financiamento de 840 mil euros do PO Algarve 21, fundos europeus do QREN. A comparticipação nacional foi repartida pela Almargem, pelas Autarquias, RTA e ATA.
 
Estiveram presentes nesta sessão, David Santos, Presidente da CCDR Algarve, Jorge Botelho presidente da AMAL, Dora Coelho a representar a ATA - Associação de Turismo do Algarve, João Fernandes da RTA para além de Vítor Aleixo autarca de Loulé, Paulo Paulino, Vice-Presidente da autarquia de Alcoutim, entre outros Vereadores de Municípios parceiros, alguns presidentes de Juntas de Freguesia, e elementos representativos da Associação Almargem, como Luís Raposo, João Santos e Anabela Santos. 
 
Nesta sessão foi levantado um problema por parte da Almargem, que passa pela gestão futura da Via Algarviana. 
 
Até final de julho termina a fase da sua concepção e respetiva candidatura, ninguém sabe muito bem o que irá acontecer a partir de agosto, já que ainda não há acordo à vista, após duas reuniões na AMAL, com os onze municípios parceiros do projeto, sobre o modelo de gestão e manutenção da Via Algarviana.
 
Impera a incerteza, no entanto Jorge Botelho, presidente da AMAL, referiu ao Algarve Primeiro, que "na próxima semana haverá uma nova reunião com os Municípios, para se alcançar um consenso, sobre esta matéria".
 
Jorge Botelho diz não pôr em causa o trabalho de gestão e concepção da Almargem, "com muita eficiência e resultados concretos, o que está em causa é saber que tipo de gestão e modelo, serve a Via Algarviana, daqui em diante, nomeadamente a sua manutenção, um modelo que terá que ser assinado pelos autarcas, ligados ao projeto". 
 
Sobre a possibilidade de cada Município, ter a autonomia, para fazer a manutenção da Via Algarviana, o Presidente da AMAL, defende que "seria mais eficaz que fosse uma entidade a ter esse papel, e que o coordenasse como até aqui com as autarquias".