Curiosidades

O nosso nome determina quem somos

 
A escolha do nome para um bebé é sempre uma tarefa difícil porque os pais sabem o quanto essa opção pode determinar o sucesso de um indivíduo em termos sociais.

De acordo com os especialistas na área da psicologia, o nome que recebemos molda o nosso autoconceito, as nossas experiências de vida e o nosso modo de ser.
 
O nome é um dos primeiros elementos que associamos à nossa identidade, razão pela qual é tão importante que gostemos dele. É através do nosso nome que nos reconhecemos e criamos um conceito acerca de nós próprios. É natural que tenhamos curiosidade em pesquisar a origem e o significado do nosso nome, o que completa a imagem que temos de nós mesmos.
 
Mediante as características que lhe estão associadas, assim será a maior ou menor facilidade que sentimos em aceitar o nosso nome. Há quem goste e há quem rejeite o seu nome, ainda assim, o mesmo constitui o primeiro “cartão de visita” pessoal, pelo que, quanto melhor lidarmos com ele, mais oportunidades de vida teremos, sublinham os entendidos.
 
Ainda que de forma inconsciente, todos associamos o nome a algo ou alguém, seja positivo ou negativo, o que acaba por constituir uma vantagem ou um obstáculo na convivência social.
 
Tendemos a analisar  a origem cultural do nome, o quanto ele é popular ou diferente, o som ao pronunciá-lo ou as características pessoais que evoca, dados que de certa forma, condicionam a maior ou menor aceitação do nome escolhido pelos nossos pais ou outros familiares.
 
Ainda que seja também  de forma inconsciente, a nível social, existe uma predisposição para atribuir um tratamento muito diferente de outros, mediante o nome que se possui, o que provavelmente acabará por nos moldar a personalidade.
 
Na posição de alguns especialistas, «as pessoas que não gostam do próprio nome podem ter uma adaptação psicológica mais deficitária», facto que pode comprometer a qualidade de vida e o bem-estar.
 
Na mesma sequência, os entendidos fazem uma relação entre o nosso nome, a autoestima e o ajustamento psicológico, sendo que, este último «é o grau em que uma pessoa consegue enfrentar e adaptar-se às circunstâncias, funcionando corretamente, evitando conflitos e alcançando o bem-estar.
 
Tendo por base os dados de um trabalho de investigação, verificou-se que, as pessoas que estão mais satisfeitas com o seu primeiro nome, apresentam um maior ajustamento. Pelo contrário, as pessoas que não gostam do seu nome, podem apresentar problemas de autoestima e de ajustamento, o que ilustra a relação forte que existe entre o nome próprio e o bem-estar.
 
Os mesmos investigadores também colocam em evidência que, as pessoas que não gostam do próprio nome podem apresentar problemas ao nível da autoconfiança e até de rejeição, seja por parte dos outros, seja por si mesmas.
 
Tal como já foi mencionado acima, o nosso nome influencia a forma como os outros nos veem, o que se verifica até nas redes sociais ou nos sítios de encontros, em que há nomes mais populares e “apelativos” que outros, o que dá lugar a mais visualizações a favor dos nomes mais modernos e menos para os mais conservadores ou que podem parecer apresentar características negativas, o que também é muito difícil de suportar.
 
Essa negligência interpessoal, rejeição ou ostracismo a que o nosso nome pode levar também ficou evidente num estudo que media a probabilidade de receber ajuda. Assim, os estranhos mostraram-se mais propensos a socorrer ou ajudar aqueles com nomes vistos de maneira positiva.
 
Como se pode verificar, o nosso nome afeta-nos a personalidade, as relações interpessoais e até o desenvolvimento das nossas qualidades e capacidades, pois basta ver o quanto podemos ser rejeitados em termos sociais e, muitas vezes, até familiares, para percebermos o quanto um indivíduo pode ficar condicionado e sofrer por essa simples escolha.
 
O nome  também influencia a probabilidade de envolvimento em comportamentos criminosos. Segundo os investigadores, ter um nome socialmente impopular, considerado negativo ou associado à imoralidade e pouco calor humano aumenta o risco de cometer crimes violentos e crimes contra o património, o que comprova que, cada nome tem conotações positivas ou negativas.
 
Assim, conforme crescemos em sociedade, internalizamos e recebemos dos outros o reflexo do que o nosso nome evoca. Se formos tratados como indesejáveis ou antiéticos ao longo das nossas vidas, é mais provável que acabemos por cumprir essa profecia.
 
Relativamente à escolha da carreira e à definição do percurso profissional, o nome também se assume como um pormenor muito relevante. Para os especialistas nesta matéria, pessoas com nomes únicos e originais «são mais propensas a dedicar-se a profissões igualmente inusitadas». Além disso, também apresentam um pensamento divergente que as leva a adotar estratégias de negócios diferentes e inovadoras, uma vez que, desde muito pequenas que, estas crianças crescem com a sensação de que são diferentes. Ao aproveitarem esse facto de forma positiva, podem muito bem alcançar o sucesso.
 
Felizmente, já é possível mudar de nome para aqueles que não se sentem confortáveis co o seu, no entanto, registe que, aprender a aceitar-se tal como é, inclusive com o seu primeiro nome, também é uma arte e um desafio que lhe pode acarretar vantagens, basta que procure evidenciar-se da melhor forma que puder!
 
Fátima Fernandes