Família

O que muda numa relação com o passar dos anos?

 
Fala-se muito em crises em tempos específicos como é o caso da dos 3, dos 7 e dos 11 anos, mas alguns especialistas afirmam que, o problema dos casais não são as datas, mas sim a dificuldade de comunicação que se instala no seio das relações.

 
Na realidade, há casais que relatam ter passado por crises em tempos específicos e outros que dizem ter passado pelas mesmas dificuldades sem uma data em concreto, o que nos leva a pensar que, as datas não são o mais importante a tratar, mas sim as crises em particular, uma vez que, essas sim, podem destruir o funcionamento do casal.
 
Na prática, o que se pode retirar de ambas as vertentes é que, se existem crises específicas em datas estudadas, então devemos preveni-las e superá-las com boas técnicas de comunicação. A este propósito, os entendidos na matéria sugerem:
 
uma comunicação assertiva, isto é, expressarem os seus sentimentos mas sem nunca atacarem o outro;
 
- Capacidade de perdoar;
 
- Criar momentos que não sejam apenas funcionais (dar banho ao filho, ir ao supermercado);
 
- Voltar a elogiar;
 
- Construir um projeto em comum;
 
- Pensar em si. É importante que cada membro da relação esteja bem com ele próprio porque, quando isso não acontece, tendem a descarregar no outro.
 
Perante isto, importa ainda ter em conta que, se essa comunicação não é eficaz, o casal acaba por entrar numa rotina perigosa de fuga dos problemas e, quando chega ao ponto de saturação, em muitos casos já não há muito a fazer. Os membros do casal começam a perder o interesse um pelo outro, deixam de conversar abertamente sobre os assuntos, começam a colocar outras pessoas no seio da relação para evitarem estar sozinhos, em muitos casos passam a dormir em camas e quartos diferentes, deixam de fazer programas a dois e daí por diante.
 
Como já referimos, a solução apresentada pelos terapeutas de casal passa mesmo por uma aposta forte na comunicação, uma vez que esta capacidade aproxima as pessoas a partir da compreensão, da cooperação e do reforço dos laços afetivos.
 
Fátima Fernandes