Na posição dos entendidos nesta matéria, são muitos os perigos que os jovens correm nas redes sociais, sobretudo devido à falta de conhecimento que, naturalmente conduz à falta de proteção.
Para evitar muitos problemas, é essencial que, pais e filhos estejam bem informados acerca do funcionamento das redes sociais e que igualmente tenham noção dos perigos que correm.
Os mesmos especialistas lembram que, os pais costumam abordar o assunto das redes sociais e dos seus perigos antes de os filhos as utilizarem, mas depois partem do princípio que eles se sabem proteger, o que não acontece na maioria das vezes, pelo que, os adultos devem ser vigilantes e acompanhar essa realidade dos filhos.
Tendo por base vários estudos levados a cabo sobre esta temática, faz sentido conhecer as 7 dicas dos entendidos que todos os pais e filhos devem conhecer antes e durante a utilização das redes sociais:
1. Atenção ao que se publica
A privacidade é um dos temas mais relevantes nas redes sociais. O utilizador deve saber muito bem aquilo que publica e aquilo que, de forma alguma pode ir para uma rede social. Por exemplo, fotos íntimas não devem ser partilhadas, mesmo em particular. É preciso ter em conta que, essas imagens podem ser obtidas por terceiros, que podem usá-las de forma prejudicial. Pais e filhos devem conhecer o fenómeno da sextorção (chantagem por meio das novas tecnologias). Outra recomendação diz respeito à desativação da geolocalização nas imagens que são partilhadas nas redes.
2. Duvidar dos conteúdos que são publicados
É preciso ter em conta que, nem tudo o que é publicado nas redes sociais corresponde á verdade. As fake news estão na ordem do dia pelo que, partilhar dados, informações e notícias falsas é algo que crianças e adolescentes devem levar em consideração. Além disso, também existe o universo e a tirania da imagem, aquele submundo do Instagram em que tudo é ideal e perfeito. Ainda neste ponto, os pais devem alertar os filhos para o facto de que, muitos dos influenciadores são apenas produtos de publicidade. Por trás desses corpos e rostos perfeitos, existem infinitos truques, filtros e cirurgias.
3. Ter em atenção os riscos de validação e comparação
Os jovens e os pais devem saber que, aquilo que publicam não pode interferir na autoestima e na sua própria validação pessoal. Os utilizadores publicam fotos à espera de uma reação positiva e, quando tal não acontece, podem entrar em depressão e colocar em causa o seu valor pessoal. Os pais devem alertar os jovens para que desfrutem das redes sociais com um maior desapego e separando sempre o mundo real do virtual. A inveja é outro fator recorrente nas redes sociais: Instagram e Tik Tok são os espelhos para se comparar. E como bem sabemos, o que se observa diariamente tem pouco a ver com quem são e com o que os rodeia.
4. Não se perde nada por passar algumas horas offline
Outra coisa que os adolescentes devem saber sobre as redes sociais é que a vida acontece além de um ecrã. Neste sentido, é fundamental estabelecer um tempo para a utilização das tecnologias e também para aceder ás redes sociais, uma vez que, só desta forma se podem equilibrar as situações reais e virtuais. Ainda neste ponto é de evidenciar que, a irritabilidade, o mau humor, as noites mal dormidas e a depressão têm vindo a aumentar com a utilização das redes sociais de forma descontrolada.
5. Dizer não aos desafios online
Os desafios representam um risco real para os adolescentes e para qualquer adulto imaturo e imprudente. Os desafios que muitos grupos e supostos amigos apresentam online são perigosos e devem ser evitados. Temos de ter em conta que, não é por aceitarmos colocar a nossa vida em risco que vamos merecer mais valor por parte de alguém, por isso, o segredo é negar todo e qualquer tipo de desafio.
6. Não participar em iniciativas de abuso e assédio
O ciberbullying não deve ser promovido nem partilhado. Outra coisa que os adolescentes devem saber sobre as redes sociais é que não devem usá-las para causar danos a quem quer que seja. Publicar fotos ou vídeos privados, insultar ou assediar alguém são crimes e práticas em que não se deve colaborar em caso algum.
7. Recorrer a um adulto sempre que ocorram dúvidas ou situações suspeitas
Este é, provavelmente, o conselho mais básico e transcendente. As crianças e adolescentes podem e devem pedir ajuda aos adultos sempre que se encontrarem numa situação fora do habitual, desconfortável ou ameaçadora que esteja além das suas capacidades. Para tal, os pais devem mostrar essa disponibilidade, interesse e capacidade de ajudar. Desenvolver o diálogo entre pais e filhos é fundamental para que os problemas se esclareçam da melhor forma possível. Ao mesmo tempo, os pais que entregam um equipamento tecnológico aos filhos, devem logo colocar algumas condições e restrições, fazendo o devido acompanhamento diário também. Uma boa base de confiança entre pais e filhos é fundamental para que os menores se sintam mais preparados e protegidos para enfrentar o mundo.
Fátima Fernandes
