Segundo informações recolhidas pelo PCP, cerca de 100 profissionais do Serviço Nacional de Saúde no Algarve, cujo contrato termina a 31 de Dezembro de 2014, estão em risco de desemprego.
Uma situação que atinge sobretudo técnicos administrativos e técnicos auxiliares de acção médica que prestam serviços nos centros e extensões de saúde do Algarve e que se encontram sob a tutela da Administração Regional de Saúde do Algarve e cujos contratos não foram ainda renovados.
Segundo explicam os comunistas, na base desta situação está desde logo a política de "desinvestimento e destruição" do Serviço Nacional de Saúde levada a cabo por sucessivos governos e que, por via das limitações à contratação de pessoal por parte do Ministério da Saúde no Orçamento do Estado para 2015, os cerca de 100 profissionais em causa não têm, a dez dias do final do ano, nenhuma garantia quanto à sua continuidade nos serviços.
O PCP relembra que, faltando actualmente mais de 800 profissionais de saúde na região algarvia – segundo dados da própria ARS – a confirmar-se esta situação, vários centros e extensões de saúde do Algarve, poderão vir a ser encerrados no próximo ano com "sérios e inaceitáveis prejuízos" para as populações.
Face a esta situação o PCP, ao mesmo tempo que reclama do governo a necessidade da contratação dos médicos, enfermeiros, auxiliares e administrativos na região algarvia por forma a responder ao colapso para onde o Serviço Nacional de Saúde está a ser "empurrado", exige uma rápida resolução da situação destes cerca de 100 profissionais procedendo à sua integração nos quadros do Ministério da Saúde, "rejeitando qualquer tentativa de prolongamento da sua situação precária ou da sua transferência para as autarquias locais".
O PCP promete questionar o governo na Assembleia da República, sobre esta matéria já nos próximos dias.