Política

PCP:Algarve é a região do país onde o número de utentes sem médico de família é maior

 
Pelos dados divulgados o Algarve é a região do país onde o número de utentes sem médico de família é maior.

 
O caos vivido nas urgências hospitalares nos últimos meses; o encerramento de valências nos hospitais, nomeadamente em Lagos e Portimão; o encerramento de Centros e Extensões de Saúde; a crónica falta de médicos, enfermeiros, técnicos, terapeutas, auxiliares – mais de 800 na região; a falta de camas e desorganização nos serviços; os "criminosos" tempos de espera para algumas especialidades para a primeira consulta - 800 dias na Neurocirurgia, 600 dias na Ortopedia e Urologia, 500 dias na Oftalmologia; a falta de medicação para doentes com esclerose múltipla ou mesmo de doentes oncológicos no Centro Hospitalar do Algarve, são motivos apresentados pelo PCP em comunicado, para referir que a saúde Algarvia está doente. 
 
O PCP acrescenta ainda, a diminuição da capacidade de resposta dos Cuidados de Saúde Primários, devido aos constrangimentos orçamentais, mas também ao encerramento de serviços de proximidade, como foram os casos de Vaqueiros, Giões, Pereiros e outros, à carência de profissionais de saúde, mais de 300 profissionais nos três ACES Algarvios.
 
Os comunistas informam que no decorrer deste mês de Fevereiro foram divulgados os números referentes aos utentes que se encontram sem médico de família. No Algarve, existem mais de 150 mil utentes sem médico de família, sendo que o caso mais grave se concentra no ACES Barlavento, onde mais de metade dos utentes não têm médico de família atribuído, quase 83 mil utentes (51%), sendo que no concelho de Lagos ascendem a 70% dos utentes sem médico de família. 
 
A DORAL do PCP, ao mesmo tempo que apela à continuação da luta das populações e também dos profissionais deste sector, considera haver alternativa e soluções para o SNS "que, no quadro de uma ruptura com a política de direita", assumam a necessidade de: garantir a colocação imediata dos médicos de família em falta nos três ACES Algarvios, superando as faltas existentes e atribuindo um médico de família a todos os utentes algarvios; reverter o processo de encerramento de valências Hospitalares nomeadamente nos Hospitais de Portimão e Lagos; dotar todos os Hospitais Algarvios de médicos especialistas em falta e já assinalados como carências efectivas destas serviços; dotar tanto nos cuidados de saúde primários como nos cuidados hospitalares de meios humanos, ou dotar o SNS de meios terapêuticos e materiais por forma a garantir um bom atendimento aos utentes em vez do deficitário que actualmente é praticado no Algarve.