Economia

Plataforma Algarve Livre de Petróleo vê com "apreensão" futuro da região

 
Um conjunto de cidadãos e entidades da região do Algarve, criou um movimento social designado, Plataforma "Algarve Livre de Petróleo".

 
Neste momento fazem parte da PALP entidades diversas como a Glocal Faro, o Movimento Algarve Livre de Petróleo, a Quercus - ANCN, a Almargem, a New Loops, a SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e a Peace and Art Society. 
 
A Plataforma "Algarve Livre de Petróleo", diz estar aberta a participação e ao envolvimento de todos os cidadãos da região e do país que queiram juntar-se "na defesa de um Algarve sustentável e contra a exploração de petróleo na região".
 
Pretende ainda alertar toda a população da região "para os riscos inerentes à exploração de hidrocarbonetos na costa algarvia".
 
Para a PALP, "segundo notícias publicadas na imprensa nacional e regional, o início das primeiras perfurações poderá concretizar-se já este ano", o que em seu entender revela, "uma gravidade extrema, uma vez que os cidadãos do Algarve não foram informados, nem consultados, neste processo que afectará decisivamente as suas vidas".
 
Esta Plataforma, destaca que "não houve qualquer debate público sobre as consequências para a região de uma tomada de decisão desta natureza, nem há conhecimento de qualquer estudo de impacto social e ambiental, não se conhecendo o contrato entre o Estado e as empresas de exploração petrolífera".
 
A Plataforma "Algarve Livre de Petróleo", vê com "apreensão", o futuro da região tendo em conta os possíveis impactos ambientais que uma medida destas pode ter; a incompatibilidade entre uma região de turismo que se quer de excelência e a exploração de hidrocarbonetos; as perfurações de alto risco numa zona de alta perigosidade sísmica; as eventuais perdas de recursos que um derrame acidental de hidrocarbonetos traria para actividades igualmente importantes no Algarve como a pesca, a aquacultura, a salicultura e finalmente, o impacto na qualidade de vida das pessoas. 
 
A Plataforma "Algarve Livre de Petróleo", informa ainda que solicitou reuniões com os executivos municipais de modo a poder expor com maior "clareza" as suas preocupações.