Sociedade

Polémica:Refer encerra passagem pedonal no centro de Olhão

 
 
 
Esta terça-feira e, na sequência do que havia sido anunciado pela Refer foi encerrada uma passagem pedonal no centro de Olhão.

 
A Refer adianta que, este encerramento aconteceu como precaução, já que a nova legislação assim o determina, contudo, a população olhanense já encarou a medida como um obstáculo ao desenvolvimento da sua vida quotidiana.
 
Contactado pelo Algarve Primeiro, o presidente da Junta de Olhão, Luciano Jesus criticou hoje o encerramento daquela passagem pedonal que atravessa a linha férrea, numa zona movimentada da cidade, lamentando não ter sido informado previamente pelas autoridades. 
 
De realçar que, esta passagem de nível pedonal, entre a Avenida Dr. Bernardino da Silva e a Avenida da República, foi encerrada esta terça-feira.
 
Como justificação para este encerramento, a Rede Ferroviária Nacional (Refer), alega um aumento do risco para os utilizadores com o novo modelo de sinalização ferroviária, que permite aos comboios circularem a maior velocidade em zonas onde antes não era possível. 
 
O presidente da Junta de Freguesia de Olhão, Luciano de Jesus, disse ao Algarve Primeiro, que a eliminação daquela passagem vai fazer com que "Olhão fique dividido ao meio". 
 
A passagem inferior que a partir de agora deverá ser usada, referiu, "é de difícil travessia para pessoas de mobilidade reduzida", correndo também o risco de inundar, no inverno. 
 
O autarca considera que a alternativa "não serve os interesses da população", por estar mal preparada para ser atravessada por idosos, pessoas em cadeiras de rodas ou com carrinhos de bebés, além do facto de a passagem inferior estar sujeita às inundações que ali ocorrem sempre que chove muito. 
 
Fonte da Refer argumentou que, segundo a lei, devem ser encerradas todas as passagens pedonais em locais com passagens alternativas desniveladas a menos de 700 metros, como forma de evitar acidentes. 
 
Para Luciano Jesus, “a passagem desnivelada não constitui uma alternativa e, estas medidas radicais que só prejudicam a população mais fragilizada, têm de ser acauteladas quando se tomam decisões”.
 
O autarca mostra-se disponível para dialogar com as entidades competentes no sentido de se encontrar uma solição intermédia que minimize os prejuízos de parte a parte.
 
Luciano Jesus adiantou ainda que “entendo o progresso e a necessidade de se mudarem as situações, contudo, lamento que não se equacionem diversas possibilidades quando se tomam medidas deste género”.
 
Refira-se que há poucos meses, foram efetuados melhoramentos, na resptiva passagem pedonal, com a inclusão de rampas para pessoas com mobilidade reduzida.