Comportamentos

Quer ser uma pessoa mais carismática? Estas dicas podem ajudar

 
Ser uma pessoa diferente; única e especial, capaz de atrair a atenção dos outros, é algo que todos desejam e pelo qual se esforçam diariamente, ainda assim, apesar de existirem alguns bons truques para facilitar essa tarefa, a verdade é que, precisamos de ser simpáticos, carismáticos e empáticos para que sejamos mais felizes e para que melhor nos posicionemos nas mais variadas situações com os outros.

 
Somos seres sociais e, para nós humanos, é fundamental que estejamos bem colocados diante das outras pessoas. Gostamos de ser naturais e espontâneos, mas queremos que os outros nos admirem e gostem de nós, pelo que, para isso, é preciso um treino e um investimento pessoal diários.
 
Ser simpático é simplesmente causar uma boa impressão num local, de forma discreta e agradável. É marcar a sua presença, o seu estilo, a sua postura e forma de se mostrar aos outros, sempre com o intuito de ser bem aceite. A pessoa simpática esboça um sorriso contagiante e espera uma retribuição por parte dos outros, já que essa é a sua prova de aceitação. Não precisa de falar muito, muito menos de ser exuberante, basta-lhe que tire partido daquilo que tem de melhor, o seu sorriso, um cumprimento solto e uma postura confiante.
 
Ser carismático já requer que seja simpático e, ao mesmo tempo, capaz de promover os outros. É alguém que é capaz de elogiar naturalmente e na medida certa outra pessoa sem pedir nada em troca ou estar à espera de uma retribuição. Carismática é aquela pessoa que consegue ser um líder natural nas mais variadas ocasiões, que capta a atenção dos outros sem que tenha essa intenção ou preocupação direta. Estas pessoas são assim nas várias situações em que participam e gostam de si mesmas e de outras pessoas, já que esse é o seu principal segredo. Não menos importante, temos as pessoas empáticas que são capazes de se “esvaziar” de si mesmas e de estarem disponíveis para os outros naquele momento em que estão presentes. São pessoas simpáticas, carismáticas e, ao mesmo tempo, possuem essa capacidade de se colocarem no lugar dos outros sem perderem de vista a sua autonomia e liberdade. Conseguem facilmente estar ao nível do outro numa determinada situação e regressar ao seu estado “normal” a seguir. As pessoas com estas três características são flexíveis, gostam de pessoas, não vêm os outros como inimigos e ainda menos como alvo de competição. 
 
Gostam de ensinar o que sabem e de aprender com os outros. São generosos na medida certa e sabem proteger-se de quem não tem boas intenções para consigo. O seu segredo é que encaram os outros como humanos iguais a si, com os mesmos direitos e deveres, com as mesmas oportunidades e desafios, sendo diferentes nas suas particularidades. Respeitam os demais como gostam de ser respeitados e, quando não conseguem interagir com essas pessoas, simplesmente se afastam do seu caminho seguindo o seu percurso. As pessoas simpáticas, carismáticas e empáticas sabem muito bem o que querem e os seus melhores potenciais e qualidades menos positivas e “jogam” a seu favor com essas capacidades. Vão para uma situação sempre à espera de encontrar outras pessoas e de as respeitar na sua plenitude e, ao mesmo tempo, sentem esse respeito, consideração e admiração por parte dos demais, já que se trata de um processo recíproco. Uma pessoa só é simpática se conseguir chegar ao outro com esse sorriso expressivo e cumprimento. 
 
Só é bem sucedida quando o outro corresponde, pelo que, não vale a pena procurar ter estes requisitos quando não os adequamos a outras pessoas. Tudo o que fazemos é sempre com o objetivo de agradar alguém. Somos simpáticos para merecer a devolução de um cumprimento e desse sorriso, quando promovemos um colaborador, queremos que ele seja bom no que faz, pois todos vão beneficiar com isso, quando nos colocamos no lugar dos outros, é porque temos a intenção de melhorar a relação em casa, na empresa ou num grupo. Temos de ter muito presente que investimos o nosso tempo, dedicação e requisitos pessoais para colhermos o agrado dos demais porque é entre humanos que nos entendemos, que procuramos conforto, cooperação e felicidade. É igualmente entre humanos que evoluímos, que percebemos as nossas falhas e aquilo em que devemos investir mais tempo e energia. É de humanos para humanos que se trata, pelo que, quem quer ser simpático, carismático e empático, não pode confundir pessoas com máquinas, nem máquinas com pessoas. Tem de se assumir tal como é, com os seus defeitos e qualidades e perceber que os outros também falham e que merecem a sua compreensão. Não há outra forma de conquistarmos esse estatuto desejado se não nos aceitarmos tal como somos e que não estivermos disponíveis para alterar aquilo de que não gostamos em nós.
 
Tendo por base estes pontos de vista, importa realçar aquilo que pode fazer para ser mais carismático, sem esquecer que a simpatia e a empatia têm de lhe estar relacionadas.
 
O primeiro ponto – transmitir confiança- é fundamental, mas exige que a pessoa seja segura de si, do que vai apresentar, do trabalho que realiza e da melhor forma de fazer chegar aos outros aquilo que pretende.
 
A pessoa carismática tem de ser capaz de mostrar que é confiável, que os outros podem contar consigo e que está ali disponível para ouvir, para ensinar, para partilhar o que sabe e para ajudar. Um exemplo disso será um orador numa conferência que precisa de captar a atenção dos seus interlocutores, de saber interagir com eles e, ao mesmo tempo, expor o seu conhecimento de forma clara e segura.
 
Um segundo ponto implica o cuidado com os gestos que utiliza nas mais variadas ocasiões. É importante aprender a gerir estes movimentos para que os mesmos estejam em conformidade com o que se diz e com a postura que se quer apresentar aos demais. Gestos suaves são sempre uma boa opção para quem quer mostrar segurança e dar credibilidade ao que está a transmitir.
 
Um terceiro ponto traduz um cuidado extremo com a linguagem que se utiliza. Qualquer orador deve ter um discurso seguro, fluído, evitar fazer um excesso de pausas ou utilizar uma linguagem demasiado erudita. A mensagem deve ser exposta de forma clara, direta, de forma pausada, mas sem interrupções para evitar que o publico desconfie daquilo que está a dizer. Um discurso fluente mostra sempre segurança e mais conhecimento sobre o tema em causa.
 
Respeitar-se a si mesmo e respeitar os outros, é igualmente um ponto forte para qualquer pessoa e, ainda mais para quem causar boa impressão aos outros. Esperar que os outros falem, exponham as suas ideias e só depois, quando chegar a sua vez, responder, é a melhor forma de respeitar alguém e de proteger a sua imagem, já que demonstra muito respeito pelo outro e por si mesmo.. Evitar interromper, já que isso é uma falta de respeito e não permite mostrar a firmeza e a segurança pretendidas.
 
Por fim, é de evidenciar a gentiliza e a boa educação. Uma pessoa bem educada consegue mais facilmente captar a atenção do seu público. O tipo de pessoa que consegue estar atenta a quem está à sua frente, que consegue fazer uma ou outra pergunta de forma firme, mas que não embarace o outro, que é capaz de usar até de algum humor para fazer ligações entre assuntos, será sempre muito mais apreciada que outra que não o faça.
 
O carisma são as outras pessoas que nos atribuem com aplausos ou na falta deles, por isso, se procurarmos agradar com o melhor que somos e que temos, seremos muito melhor aceites do que se procuramos disfarçar ou fazer de conta que somos aquilo que não somos ou que estamos a representar um personagem. Adequar o seu estilo natural a este conjunto de técnicas, pode ser o suficiente para que consiga alcançar a simpatia, o carisma e a empatia que pretende.
 
Anote também que, ser simpático, carismático e empático dentro de casa e com aqueles que ama, é também um excelente ponto de partida para a sua felicidade, pois é mais fácil ser amado por quem nos respeita, por quem sabe conversar, por quem sabe ouvir, é gentil, modera o tom de voz e não precisa de discutir ou de gritar para fazer valer a sua opinião e personalidade.
 
Na realidade, temos tudo isso dentro de nós mesmos, temos é de procurar essas qualidades, dar-lhes um sentido e aprimorar aquilo que pode e deve sempre ser melhorado.
 
Já agora, boa sorte!
 
Fátima Fernandes