Comportamentos

Quer terminar uma relação e não consegue? Estas dicas podem ajudá-lo/a

 
O leitor decidiu separar-se daquela pessoa com quem já vive ou namora há alguns anos.

O amor acabou, o interesse acabou e ambos sentem que não estão bem em conjunto, mas nenhum consegue dar o primeiro passo. Na posição dos especialistas em terapia familiar, existem 6 razões pelas quais uma pessoa sente tanta dificuldade em se separar de outra, confira-as e faça a melhor opção de vida!
 
Tenha em conta que, nem todas as relações são viáveis e que esse tempo deve ser abreviado, como é o caso de cenários de violência doméstica ou de qualquer tipo de agressão.
 
1) Hábitos e costumes
 
O casal faz tudo em conjunto e desenvolve uma estrutura a dois que, em muitos casos, não permite a reserva de uma margem pessoal para refletir. Tal acontece entre namorados e casados. Quando se pensa na separação, imagina-se a dificuldade em viver sem essa estrutura conjunta.
 
2)  A família do parceiro
 
Em muitas situações, o alimento da relação já não é o parceiro, mas sim a sua família. Criam-se laços e, em muitos casos, ocorre uma transferência de afetos e cuidados para o sogro ou sogra de tal forma que a mesma acaba por ser um impedimento para o fim da relação. No caso de se ponderar uma separação, é necessário que se resolva também esta realidade e que se perceba que, após um corte com o filho ou filha, naturalmente todos passam para segundo plano, pelo que a vida terá de seguir em frente.
 
3) Pena
 
É natural que passado algum tempo de convivência e de relação que, mesmo com o fim do amor, fique um sentimento de compaixão. Isso é positivo e até benéfico, pois não é saudável que duas pessoas se agridam de qualquer forma. No entanto, é preciso pensar no que é melhor para cada um e até que ponto a separação é a solução para os problemas relacionais. Em muitos casos, quando não há coragem para avançar com o divórcio, os parceiros começam a tratar-se mal e de várias formas, já que isso constitui uma forma de descompressão. A pena passa a assumir contornos negativos e não deve, de forma alguma ser alimentada.
 
4) Questões financeiras
 
Neste ponto reside um sentimento de apego ao que se construiu em conjunto. A compra do carro, da casa, dos móveis e todos os sacrifícios que se fizeram em conjunto, o que leva o casal a sentir alguma nostalgia que só vai passar quando o valor pessoal e a necessidade de fazer uma nova vida a ultrapassarem. É normal este tipo de sentimento e não é fácil ultrapassá-lo, por isso é importante ter tudo isso em conta durante a relação, pois se alimentarmos o amor, tudo fica facilitado! Decidida a separação, temos de deixar de imaginar o nosso “ex” com outra pessoa e a desfrutar dos nossos objetos. Em muitos casos, vender tudo é o mais fácil. Noutros, devemos concentrar-nos naquilo que vamos conquistar a partir daí.
 
5) Status
 
Sobretudo no caso das mulheres, o status revela-se muito importante a ponto de muitas preferirem estar mal casadas, não serem amadas, mas terem um marido. Não é tão frequente, mas também há homens que ponderam manter um casamento que já acabou apenas pelo status e conforto que a mulher lhes dá.
 
6) Medo de se arrepender
 
Neste ponto surgem todas as inseguranças inerentes ao próprio ser humano. Começam a pesar as dúvidas e os medos, ao mesmo tempo em que o cérebro se invade de questões como: “e se eu tiver de ficar sozinho?”, “E se mais ninguém me amar?”, “O que vou fazer a partir de agora?” e com todas essas interrogações, pode vacilar. Mas os especialistas recomendam que coloque as questões noutros moldes e pense no que está a fazer nessa relação que terminou, que objetivos de vida ainda tem por concretizar e daí por diante. Pense ainda no vazio que é viver sem amor e que merece muito mais…
 
É importante ter em conta que, cortar com um qualquer vínculo acarreta sempre muita dor e sofrimento, pelo que, em muitos casos, parece mais fácil arrastar a falta de amor e a apatia de uma relação do que começar tudo do zero. A decisão é sempre pessoal e da responsabilidade de cada um, mas vale a pena ponderar até que ponto compensa viver assim e arriscar uma nova vida com outra pessoa ou sozinho.
 
Fátima Fernandes