Sociedade

“Receita” para um casamento feliz

 
A felicidade é sempre um objetivo a alcançar e, quando se trata da vida conjugal, o desejo aumenta consideravelmente.

 
Colocados de parte os requisitos tradicionais para um casamento feliz, a ideia de que, o matrimónio é um compromisso para a vida, faz sentido que o casal se empenhe diariamente para dividir uma vida estável e com momentos de felicidade em conjunto.
 
A vida moderna complica a tarefa, mas Stephanie Coontz, diretora de Educação Pública e autora de vários livros sobre casamento e relações, estudou a história do matrimónio e apresentou alguns truques que podem fazer toda a diferença.
 
Numa crónica no Barking Up the Wrong Tree divulgada pela revista Time, Eric Barker Writes, sublinha que “tudo o que pensávamos saber sobre o casamento está errado” e destaca alguns segredos que Stephanie Coontz revela para ter um casamento feliz.
 
1. Os casamentos eram melhores no passado? Nem por isso. No passado, os casamentos não eram melhores. Aliás, nem tinham nada que ver com amor. Os casamentos eram vitais enquanto instituição económica e política, sem que os sentimentos passassem pela relação.
 
2. Defina o que o casamento significa para si e para o seu parceiro. O casamento costumava ser uma instituição com regras rígidas. Hoje em dia as relações são mais flexíveis até porque se baseiam na liberdade total, destaca Stephanie. Ou seja, mais liberdade equivale a mais escolhas. O que não quer dizer que tenham de se focar no que o casamento costumava ser mas sim definir o que ele será para vocês enquanto casal neste tempo.
 
3. Precisam de comunicar e negociar. É preciso falar mais. Diga ao seu parceiro o que quer ou o que o preocupa em vez de esperar que a sua cara-metade tenha as respostas. “Não pode continuar a forçar o seu parceiro a seguir um papel social predeterminado ou estereótipo de género ou obrigar alguém a ficar numa relação que não o satisfaça. ‘Ame, honre e negoceie’ têm de substituir as antigas regras rígidas”, explicam as psicólogas Betty Carter e Joan Peters.
 
4. O casamento deve basear-se na amizade e no respeito mútuo. A paixão desenfreada é ótima, mas basear o compromisso para a vida nesse tipo de emoções pode ser instável. Tem de haver amizade e respeito mútuo entre um casal para garantir que a relação aguenta com as provas que o passar do tempo apresenta.
 
Encontradas as orientações, é preciso reforçar que o tempo é essencial para o casamento, pois é ele que dá lugar a muitas conquistas, descobertas e à partilha. 
 
Ser capaz de “atirar ao alto” aquilo que se assimilou como requisitos para um casamento, é o primeiro grande passo e é apontado pelos especialistas como a base central que vai libertar a mente para a criatividade, para o respeito e para a possibilidade de viver “o seu” casamento e não o da sociedade.
 
Fátima Fernandes