O primeiro livro impresso – Pentateuco - saiu do prelo do editor judeu Samuel Gacon e sinaliza o Algarve como a região berço da imprensa portuguesa.
Que condições técnicas fixam a tipografia de Faro como a primeira a imprimir ou que razões histórico-culturais explicam a vitalidade produtiva de Faro, são alguns dos temas abordados no colóquio “Pentateuco: comemoração dos 530 anos de livro impresso em Portugal”, organizado pela investigadora Patrícia de Jesus Palma, que irá falar do projeto do Museu da Imprensa no Algarve.
“O Algarve tem o direito a conhecer, a orgulhar-se e a ensinar às gerações vindouras que foi o berço da imprensa em Portugal. É, pois, mais do que justificável, é natural a criação de um Museu da Imprensa na região que assinale e que continue a promover a Cultura, as diferentes Culturas de Escrita que têm na prensa tipográfica a sua matriz”, foca Patrícia de Jesus Palma.
O roubo e a contrafação de livros alinham nos temas em análise, bem como a contextualização da vida cultural de Faro ao longo dos séculos XV-XIX, pautada pela influência dos Judeus.
Artur Anselmo (Academia das Ciências de Lisboa), Fernanda Maria Guedes de Campos (FCSH-UNL), Francisco Lameira (UAlg), João Alves Dias (CHAM-FCSH/NOVA-Uac), João Luís Lisboa (FCSH/NOVA-UAc), José Jorge Gonçalves (IEM; CHAM-FCSH/NOVA-UAc), José Pacheco (ISMAT) e Rui Loureiro (ISMAT; CHAM-FCSH/NOVA), são alguns dos nomes que integram o Programa e que transportam os interessados pelo complexo, multifacetado e fascinante mundo da história do livro.
Ao colóquio, segue-se uma visita à exposição Faro: Marcos de Urbanismo, a inaugurar no Museu Municipal de Faro, que evoca a vida cultural da cidade berço da imprensa.
“Pentateuco: comemoração dos 530 anos de livro impresso em Portugal”, a realizar no próximo dia 14 de Julho, entre as 9h00 e as 18h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho do Município de Faro, é uma iniciativa conjunta do Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da Câmara Municipal de Faro, com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Algarve, Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes e Fundação Manuel Viegas Guerreiro, com entrada livre.