Família

Saiba as razões pelas quais não deve gritar com os seus filhos

 
Na posição dos psicólogos infantis, os pais não devem gritar com os filhos. É verdade que, muitas vezes as crianças “nos tiram do sério”, que educar é uma tarefa árdua e exigente, mas é fundamental que procuremos manter a calma e conversar.

É também um facto que, em muitos casos, mudar um pouco o tom de voz ajuda a que a criança perceba que o pai ou a mãe não estão satisfeitos com algum comportamento apresentado, ainda assim, isso não traduz gritaria, falar alto e ainda menos humilhar os mais novos que estão sempre numa posição de desigualdade pela sua idade e tamanho.
 
De acordo com os mesmos especialistas, os pais que também foram educados na base dos gritos e das humilhações tendem a reproduzir o mesmo comportamento com os filhos, sendo desde logo, um sinal de alerta para se evitar essa imitação.
 
Para facilitar a tarefa, importa reter que,  quando os pais elevam o tom de voz, em pouco tempo essa estratégia perde o impacto uma vez que, os mais novos facilmente se habituam à ideia do grito. Por sua vez, os pais vão subindo a intensidade do tom, acrescentando nomes e outras formas de humilhação, pelo que, este modelo não produz bons resultados, para além de conduzir a uma forma de autoritarismo.
 
Ao mesmo tempo, os psicólogos infantis sublinham que, o recurso ao grito pode contribuir para a deterioração da autoestima da criança que não se sentirá valorizada, amada ou querida pelos pais. Este ponto é também muito negativo e pode acarretar consequências para o futuro. Estas crianças normalmente tornam-se rebeldes, revoltadas com tudo e igualmente com pouca paciência e com uma constante necessidade de desafiar os pais.
 
Como os pais representam um exemplo para os filhos, a adoção de uma conduta negativa, será um pretexto para que a criança a repita. Deste modo, num ambiente em que os pais gritam, é normal que a criança também eleve o seu tom de voz e que reaja de forma semelhante. O mesmo se passa com a agressão física que facilmente será imitada pelos mais novos e que se poderá estender a todas as relações como sendo amigos, colegas, professores e daí por diante.
 
Quando os pais gritam, acabam por aumentar os níveis de stress e de ansiedade para si mesmos e para os mais novos, o que também representa um ponto negativo.
 
Tendo por base estas notas, é tempo de refletir e de agir de outra forma. Um bom diálogo, a mentalização de que não se deve gritar são os pontos de partida para iniciar, já a partir de hoje, um novo modelo educativo!
 
Fátima Fernandes