Segundo Travis Bradberry, autor do livro Emotional Intelligence 2.0, o primeiro aspeto que torna uma pessoa interessante é a curiosidade em aprender algo novo.
De acordo com este especialista, ser uma pessoa interessante nada tem a ver com dons ou talentos inatos mas sim, com o trabalho de aprendizagem e com o cultivo do caráter e da virtude.
Para Bradberry, há sete traços que tornam as pessoas mais interessantes e que vale a pena conferir abaixo.
As pessoas interessantes parecem possuir um magnetismo pessoal e uma capacidade de captar naturalmente a atenção dos outros, mostram-se distintas da maioria e são cativantes por natureza, mas o que as torna assim?
Segundo o mesmo autor, o principal traço que distingue as pessoas interessantes das demais é a curiosidade, mas seguem-se outros que merecem igualmente destaque:
1.São pessoas apaixonadas pelo que fazem
Um dos aspetos que torna uma pessoa interessante é a paixão com que assume o que faz. Esse compromisso mental e emocional com um trabalho, uma causa ou um propósito é um sinal de que existe um mundo interior muito rico e vital. Essa paixão também é um sinal de autoconhecimento e de consistência, uma vez que, existe uma ligação entre a mente , as emoções e as ações. Neste sentido, há uma identidade sólida, o que gera uma força de atração sobre os outros.
Segundo Bradberry, as pessoas interessantes costumam possuir uma enorme riqueza interior, na medida em que dão muito de si por aquilo em que acreditam e, é essa força que as torna únicas e especiais.
2.Procuram a novidade e toleram bem a incerteza
Neste ponto é de evidenciar que, as pessoas que procuram aprender mais, são abertas aos outros, facto que o recetor sente e que o cativa.
São também pessoas muito confiantes, seja no plano pessoal, seja na relação com os outros, o que as torna disponíveis para aprender, conviver e mostrar-se tal como são. Em regra são pessoas assumidas e sem medo de se apresentarem tal como são.
3.Aceitam os seus defeitos ou excentricidades
Na sequência do ponto anterior, sublinha-se que, ao não terem medo de se assumirem tal como são, de expressarem os seus receios e vontades, tornam-se naturalmente pessoas mais livres, soltas e capazes de cativar a atenção dos demais nas mais variadas situações. Estas pessoas interessantes são autónomas e não temem ser criticadas pelos outros, pelo que encaram os seus próprios defeitos e fraquezas como oportunidades para poderem aprender mais e conhecerem-se melhor.
As pessoas interessantes respeitam-se e naturalmente que são capazes de respeitar os outros.
4.São pouco dedicadas à moda
As modas são feitas para quem se quer juntar ao rebanho. Segundo Bradberry, a individualidade humana fica muito comprometida quando nos dedicamos a fazer exclusivamente o que os outros fazem. As pessoas interessantes marcam a diferença precisamente porque não aderem a este estilo de vida e evidenciam a sua coragem para se apresentarem como únicas e especiais.
5.Não se deixam limitar pelo ego
De acordo com Bradberry, os traços dominantes de uma pessoa interessante em nada se aproximam do ego, muito pelo contrário! Estas pessoas conhecem-se muito bem, assumem os seus medos e fragilidades e apresentam-se assim mesmo: livres, simples e completas, mas sempre com dúvidas e medos. Por norma, são também pessoas muito empáticas, que conseguem ouvir o outro, ajudá-lo quando assim o entendem e mostrar vulnerabilidade quando a situação o exige.
6.Estão sempre a aprender
Outro aspeto que torna uma pessoa interessante é a abertura para novos conhecimentos e formas de ver o mundo. Isso geralmente leva-as a estar muito bem informadas sobre vários tópicos. Estas pessoas têm uma curiosidade insaciável e por isso é comum que saibam de muitas coisas. Por norma, são pessoas que têm dúvidas e que andam sempre à procura de respostas. É esse caminho que as torna abertas ao conhecimento, aos outros e á procura de algo novo.
7.Usam a inteligência para gerir o que os outros pensam a seu respeito
As pessoas interessantes aceitam-se tal como são, assumem-se e lidam muito bem com a crítica, sobretudo porque não precisam da aprovação dos outros para serem como são e para tomarem as suas decisões.
Como já se percebeu, Bradberry, defende que, estes requisitos, que não são muito difíceis de alcançar com uma boa autoestima e autoconhecimento, são a base para que se sinta mais forte, mais valorizado e com mais pessoas em seu redor.
Fátima Fernandes
