Alertada para a questão da falta de um Plano de Segurança Integrado da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, uma antiga reivindicação da Cooperativa “Terras de Sal”, a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro, eleita pelo círculo de Faro, questionou a tutela sobre o assunto.
Teresa Caeiro pretende que o ministro do Ambiente esclareça se considera pertinente a elaboração do referido Plano de Segurança Integrado e, se sim, que meios tenciona disponibilizar para a sua concretização.
O sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António foi a primeira Reserva Natural criada no continente português.
O interesse biológico da zona nos seus múltiplos aspetos ecológico, botânico, ornitológico e ictiológico, o valor arqueológico do aglomerado de Castro Marim, assim como a alta sensibilidade da área e a sua capacidade influenciadora de fatores económicos regionais, designadamente da pesca, da salinicultura e do turismo, foram as razões invocadas no diploma que cria a Reserva.
Segundo a deputada, a Cooperativa “Terras de Sal”, que agrega produtores de sal e flor de sal artesanal do concelho de Castro Marim, que produzem em plena Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, sob a jurisdição do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), vem reivindicando a elaboração do Plano de Segurança Integrado da Reserva.
O Plano em causa permitirá fazer um levantamento dos equipamentos e meios de proteção disponíveis na zona, identificar os riscos que rodeiam aquele ecossistema e determinar qual a postura e medidas a adotar para minimizar perigos. A não existência do Plano coloca em causa as diversas produções existentes naquele ecossistema como por exemplo o sal e aquacultura, acrescenta a parlamentar.
O Plano de Segurança Integrado da Reserva permitirá também promover a rotina de pessoas, empresas e entidades, ajudando à decisão em caso de situação de perigo, mas, sobretudo, para que todos os envolvidos possam trabalhar na prevenção.
