Ninguém está condenado a ter de viver sempre da mesma forma e com as mesmas emoções, mas é preciso querer, praticar e trabalhar nesse sentido.
1. O primeiro desafio passa mesmo pelo sentido lógico e analítico da realidade. Tentar ao máximo ver a vida como ela é. Evitar estar sempre a colocar defeitos em tudo ou, pelo contrário, colorir a realidade de uma forma que nos interessa mas que não corresponde à verdade. Esta é a palavra-chave para quem quer aprender a controlar-se e a tirar mais partido das emoções e das demais potencialidades humanas: encarar a vida de forma realista, objetiva e coerente.
2. É fundamental pensar de forma mais alargada e não só em si mesmo. Quanto mais formos capazes de “ver a floresta”, mais seremos capazes de cuidar da árvore. Tenha em mente a importância de se conectar com outras pessoas para ter mais ânimo, alegria e felicidade e, claro que mais distanciamento emocional. Se virmos as pessoas como um todo, deixamos de nos preocupar com os detalhes e perdemos o interesse por conflitos, coscuvilhices e outros alimentos para o nosso cérebro que só nos tornam infelizes e dependentes.
3. É importante criar novos mapas mentais. Segundo o neurologista David Rock, é muito difícil reconfigurar os caminhos neurais existentes no cérebro. Em vez disso, é possível criar novos caminhos. A boa notícia é que esses novos mapas mentais, ou modos de pensar, tendem a ser mais fortes por serem novos e mais focados.
Em vez de passar uma grande parte do tempo a tentar superar uma perceção impregnada de si mesmo como uma pessoa insociável, desesperançosa e que nunca alcançará nada, crie um novo mapa mental de onde se vê como uma pessoa inspirada, com objetivos e animada que todos querem ter por perto. Com treino, é possível transformar-se nessa nova pessoa desde que trabalhe nesse sentido, procure pessoas que alimentam essa energia e se desafie a si mesmo a praticar ais ações nesse sentido. Contrarie os hábitos do passado, dando novos sentidos ao seu cérebro, por exemplo, mude de grupo, procure novas atividades com outras pessoas, faça exercício físico, voluntariado, etc.
4. Evite deixar-se levar pelas emoções de qualquer tipo. Mesmo quando é um momento de alegria, procure ser contido para evitar fazer uma grande “festa” por algo que não se justifica. Ao ser comedido com a tristeza, passará a ser também com as euforias desnecessárias. É importante este controle para que se sinta bem consigo mesmo e que saiba como se deve comportar em cada situação. Basicamente a chave é o equilíbrio que resulta em estabilidade. Lembre-se de que, se ficar excessivamente contente com algo, estará a perder o controle sobre si mesmo na situação, por isso, seja educado, formal, responsável e maduro.
5. Mude apenas aquilo que é possível mudar e concentre-se nesse objetivo. Ao mesmo tempo, estará a aprender a ignorar aquilo que não pode ser alterado.
Caso queira ser uma pessoa neutra, não pense positivamente ou negativamente. Tente desligar-se das situações colocando apenas o foco naquilo que lhe interessa em cada situação, depois liberte-se quando está com quem ama e pode ser mais descontraído.
Dicas para quem quer mudar para um estilo de vida mais feliz e equilibrado:
Despreze as pessoas que o criticam e siga a sua vida e os seus objetivos, procure estar com pessoas com quem se sente bem, mesmo que seja esporadicamente, para sermos felizes, precisamos entre 5 e 12 pessoas em nosso redor, procure que sejam as mais especiais e aquelas com quem pode partilhar bons momentos.
Valorize as relações presenciais e convença-se de que, nas redes sociais só tem contactos, não tem amigos, por isso, não se iluda de que está rodeado de pessoas que gostam de si ou que o apreciam de alguma forma. Pode não passar de mera simpatia ou interesse por uma ou outra publicação. Procure ver sempre as coisas de frente para evitar andar sempre a iludir-se e a desiludir-se. É assim e pronto!
Fátima Fernandes
