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Veja se comete estes 5 erros na educação dos seus filhos

Veja se comete estes 5 erros na educação dos seus filhos
Veja se comete estes 5 erros na educação dos seus filhos  
Foto Freepik
O principal aspeto em que os pais cometem mais erros é na autoestima dos filhos.

Seja pela educação que herdaram, seja por problemas mentais, conjugais ou outros, é muito recorrente que os pais não saibam muito bem como lidar com os mais novos.
 
Sabendo que é mais fácil desenvolver a autoestima numa criança ou jovem do que tentar corrigi-la e melhorá-la na idade adulta, faz todo o sentido que os pais se empenhem na educação, que se mostrem disponíveis para aprender e melhorar-se diariamente, que reciclem as suas memórias para que possam sentir-se mais livres e à altura dos desafios e que procurem entender os mais novos, colocar-se no lugar deles, amá-los, respeitá-los, mas também torná-los maduros, conscientes, trabalhadores, responsáveis e satisfeitos com a vida. Para isso, é fundamental que pais e filhos trabalhem em conjunto, que evoluam, negociem e façam cedências sem medo de expressar sentimentos e emoções, de aprender diariamente algo novo, de serem honestos e sinceros uns com os outros. Ganha a autoestima dos pais e, consequentemente, a dos mais novos, alertam os especialistas.
 
Veja se comete estes 5 erros na educação dos seus filhos:
 

1. Não atribuir responsabilidades adequadas à idade dos filhos

A superproteção é um obstáculo ao correto desenvolvimento da autoestima das crianças. É importante lembrar que se há algo que uma criança precisa é sentir-se competente e para isso nada melhor do que oferecer-lhe responsabilidades adequadas à sua idade para evitar que cresça com a sensação de que os pais vão estar sempre ali para a ajudar, quando todos sabemos que isso não é realista.
 
Uma criança que se desenvolve com responsabilidades, acaba por sentir-se muito mais eficiente, capaz e competente, pelo que será muito mais confiante, alegre e predisposta para aceitar novos desafios e descobertas.
 

2. Evitar que cometam erros

Existem pais e mães que passam o tempo a desempenhar o papel de verdadeiros heróis e protetores dos filhos quando, na realidade, isso é um erro que limita o saudável desenvolvimento dos mais novos.
 
Cometer erros e fazer um esforço mental para resolver os problemas, dá a cada criança uma valiosa oportunidade de crescimento.
 
A autoestima também nasce em cada adversidade superada, algo que uma criança pode aprender com as experiências mais simples e inocentes. Assim, com a garantia de que está segura, permita que a criança experimente as situações, que descubra o mundo e que contacte com os seus limites.
 

3. Elogiar em excesso

Há pais que descrevem tudo o que os filhos fazem como extraordinário, dizendo-lhes que são fantásticos, os melhores do mundo e os mais inteligentes, mas esquecem-se de que, a criança sabe muito bem quando não deu o seu melhor e em que situações é que o seu trabalho não é genial, por isso, vai duvidar do elogio dos pais e ficar magoada com o fingimento.
 
Em vez disso, é honesto que os pais valorizem o esforço, o empenho, mas que desafiem a criança a fazer mais e melhor. Para tal, podem dar-lhe algumas sugestões e orientações e permitir que desenvolva a tarefa o melhor que sabe.
 
Ao mesmo tempo, também é importante que os pais valorizem o comportamento e o trabalho dos filhos e não as suas características físicas, pois ele dará muito mais importância ao facto de saber que pode sempre melhorar e que, efetivamente, “não é o mais belo do mundo”. Se os pais ficam contentes com tudo o que o filho faz, naturalmente que ele não terá motivação para melhorar-se e para aprender mais, o que lhe limita a autoestima e a autoconfiança.
 

4. Protegê-los das suas próprias emoções

Quando uma criança chora, fica triste ou frustrada, não devemos “cair na tentação” de comprar-lhe um doce ou um brinquedo para que fique mais contente. Para além de isso só a fazer desviar as atenções do problema, acaba por incutir-lhe a ideia de que tudo se resolve com uma recompensa, o que é um erro que afeta muito a autoestima.
 
Os mais novos precisam de passar pelas experiências, de sentir e de desabafar o que se passou. Bons pais ouvem-na, confortam-na, explicam-lhe o que pode melhorar ou fazer para sentir-se melhor. Este é um ponto a favor do seu equilíbrio e bem-estar.
 
Os pais devem aprender técnicas de regulação emocional, aplicá-las e transmitir essas orientações para que os filhos igualmente o façam e isso implica ir ao fundo das nossas emoções, entendê-las, chorar o que for preciso para que depois nos possamos libertar. É isso que também devemos ensinar aos nossos filhos.
 

5. Uma educação perfecionista

Este modelo traduz ansiedade, incapacidade e mal-estar porque nunca seremos suficientes e jamais estaremos à altura do que é pretendido, o que constitui um “rombo” na autoestima de pais e filhos.
 
Pelo contrário, os adultos devem ajudar a superar problemas, permitir que os mais novos cometam falhas, que acertem, mas que aprendam por si mesmos e também sob a orientação dos pais, professores, colegas e demais pessoas que envolvam o mundo dos nossos filhos. O essencial é que saibam que um erro pode ser corrigido, que uma falha pode ser melhorada e que não devemos desistir de tentar porque ninguém sabe tudo ou é perfeito. A vida é uma jornada de contínua aprendizagem e, o produto obtido pelos erros, dará lugar a novos conhecimentos.
 
Se os pais desenvolverem também esta habilidade, vão ver que as suas vidas se tornam mais simples, alegres e felizes e que a relação com os filhos sairá beneficiada, já que todos vão gozar de mais bem-estar e autoestima.