Colocada a possibilidade de uma pessoa estar contaminada com o vírus do Nilo Ocidental no Algarve, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) emitiu um alerta em que recomenda às autoridades e à população que adoptem medidas preventivas.
Segundo a mesma autoridade de saúde, o vírus transmite-se por picada de mosquito infetado, pelo que a DGS aconselha a população a reduzir o risco, utilizando repelentes e redes mosquiteiras.
Em comunicado, a DGS esclarece este vírus não se transmite de pessoa para pessoa, mas “unicamente por picada de mosquito do género Culex”. “Em 20% das infecções”, explica, provoca “doença febril com manifestações clínicas ligeiras, que raramente pode evoluir para meningite viral”.
De acordo com a DGS, a situação detetada no Algarve (a pessoa que foi assistida no Hospital de Faro já teve alta) “continua a ser monitorizada e qualquer alteração será comunicada”.
O mesmo organismo assegura que, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge “está preparado para receber amostras e realizar o diagnóstico laboratorial” do vírus.
Segundo revela o Público, em 2004, foram notificados dois casos de infecção pelo vírus do Nilo Ocidental, na Ria Formosa, também no Algarve. O vírus viria, então, a ser isolado em mosquitos.
Em 2010, um provável caso de infecção (que depois não se confirmou) motivou um reforço da Rede de Vigilância de Vectores. Nessa altura, a DGS lançou também um alerta de saúde pública.
O vírus do Nilo Ocidental é um vírus da família do flavivirus, semelhante a muitos outros vírus transportado por insectos. Por ter sido identificado pela primeira vez na região do Nilo Ocidental, no Uganda, é conhecido por esse nome.
É muito pouco comum na Europa, mas vários especialistas têm alertado para o possível regresso deste tipo de doenças devido às alterações climáticas.