Sociedade

Albufeira quer "Salvar + Vidas" e envolver mais a comunidade

 
Recorde-se que em Portugal a taxa de sobrevivência da morte súbita cardíaca é muito baixa (menos de 3%), sendo que o problema afeta 10 mil pessoas por ano (1 vítima por hora).

 
O Municípo de Albufeira informa em nota de imprensa que continua apostado em ser pioneiro no país no que se refere ao salvamento de vidas humanas.
 
Neste sentido, no passado dia 30 de outubro, deliberou apoiar o “Movimento Cívico Salvar + Vidas”, constituído por um grupo de cidadãos que decidiu unir esforços em torno de uma causa comum: o combate à morte súbita e ao direito constitucional que é o direito à vida e consequentemente à possibilidade de uma vítima poder ser reanimada.
 
O presidente da Câmara, responsável pela apresentação da proposta em reunião do Executivo, referiu tratar-se de uma forma de impulsionar e contribuir para a concretização dos objetivos preconizados no Manifesto do “Movimento Salvar + Vidas”, que genericamente passam por alertar a sociedade para a necessidade de um país mais preparado para responder a emergências médicas e situações de paragem Cardiorrespiratória, conseguir que um terço da população tenha formação em suporte básico de vida e utilização do Desfibrilhador Automático Externo (DAE) e que, até 2030, se verifique um aumento de 30% relativamente à taxa de sobrevivência da morte súbita cardíaca.
 
Entre os problemas identificados está o facto de a população não saber fazer suporte básico de vida (o socorro é iniciado antes da chegada do 112 em apenas 25% dos casos) e o acesso aos desfibrilhadores ser ainda muito reduzido (apenas 2 desfibrilhadores por 10 mil habitantes).
 
José Carlos Rolo sublinha que “o Município de Albufeira é pioneiro nesta matéria”, desde outubro de 2017, data em que no âmbito da sua responsabilidade social, implementou, de forma voluntária, um Programa de Desfibrilhação Automática Externa (PDAE), destinado à comunidade, com caráter inovador em Portugal, uma vez que disponibiliza equipamentos DAE instalados na via pública, os quais são acionados por chamada remota, mobilizando uma cadeia de comunicação (alerta da situação) que envolve socorristas de proximidade (civis), Bombeiros e militares da GNR”.
 
O autarca faz questão de realçar que “deste modo, o concelho de Albufeira assume-se como uma área geográfica do território nacional com locais públicos cardioprotegidos, através do binómio equipamento DAE/socorristas de proximidade, o que possibilita uma intervenção em caso de doença súbita por paragem cardiorrespiratória, mais precoce”.
 
Refira-se que este procedimento inovador corresponde às últimas orientações do Grupo de Trabalho – Requalificação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa, criado em março deste ano pelo Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
 
Foi também graças a este programa que, no passado dia 16 de outubro, o Município de Albufeira recebeu o galardão de “Melhor Município para Viver”, na categoria Social, uma iniciativa da responsabilidade do Instituto de Tecnologia Comportamental (INTEC), que desde 2008 distingue os melhores projetos nos domínios do Ambiente, da Economia e do Social.
 
José Carlos Rolo acrescenta “que o compromisso de salvar vidas e contribuir para o sucesso da Cadeia de Sobrevivência em Portugal, assumido pelo Município de Albufeira, está no alinhamento e em consonância com as iniciativas que o “Movimento Salvar + Vidas” tem prosseguido quanto à capacitação da comunidade e da população em geral, aumentando as competências de resposta imediata a situações de emergência relacionadas com eventos de paragem cardiorrespiratória”.