Dicas

Aprenda a não contar com pessoas egoístas

 
Vivemos numa sociedade cada vez mais fechada em si mesma e onde é fácil encontrar mais pessoas interesseiras e centradas no seu próprio mundo. É o resultado dos tempos e muito pouco se pode fazer para mudar mentalidades a não ser exatamente isto: escrever sobre o assunto e alertar quem ainda anda atrás de pessoas egoístas à espera que mudem.

As pessoas mudam quando sentem necessidade e quando verificam que o seu modelo de vida não as está a beneficiar, pelo que não vale a pena gastarmos o nosso latim com quem acha que está bem e que a vida só se vive numa dimensão.
 
Quem não é egoísta sofre muito neste modelo social sobretudo porque anda sempre à espera de uma migalha de atenção e de uma oportunidade para se mostrar e para se afirmar tal como é, pelo que, este apontamento destina-se a quem não é egoísta e que ainda sofre com o desprezo de quem vive centrado em si mesmo, sem olhar para o lado e sem reparar que somos todos humanos, que a vida é muito breve para ser perdida a correr somente atrás do materialismo.
 
Uma forma de nos protegermos é percebermos que a pessoa egoísta não possui empatia, pelo que não é capaz de se colocar no lugar do outro, é do tipo de pessoa que só se movimenta pessoal e socialmente quando tem algum interesse e, ainda mais, desvaloriza os outros porque anda sempre à procura de atenção e  do seu próprio reconhecimento.
 
Por muito que se tente acreditar no contrário e, gastar tempo e energia com pessoas egoístas, a realidade mostra-nos que é uma espera infundada, longa e dolorosa porque as mesmas não se preocupam minimamente com o mau-estar que provocam nos outros. São pessoas para quem a palavra dada não faz sentido, são pessoas que mentem com facilidade, são pessoas que não dão nada sem que recebam algo em troca, são o exemplo de filhos herdeiros e não sucessores; aqueles que só vislumbram o património dos pais e não se preocupam em aprender com eles as melhores lições de vida e de amor, são pessoas vazias de sentimentos que parecem focadas no dinheiro e nos bens materiais. Como chegar a este tipo de pessoas? Só dando algo em troca ou fazendo o mesmo que eles fazem… e tenha em conta que, muita gente o faz, por isso, os egoístas têm sempre muita gente à sua volta, o que os torna ainda mais fortes e fechados nas suas ideologias.
 
Quem preserva os seus valores e princípios, dificilmente consegue transformar-se num “monstro”, razão pela qual anda sempre à mercê de uma migalha de atenção e de compreensão. Por essa razão, mais vale ter poucas pessoas em nosso redor, mas saber que podemos contar com elas afetivamente, do que nos rodearmos de muitos “pseudo amigos” e no fundo, estarmos sempre a sofrer pelo seu desprezo.
 
Há pessoas que prometem inúmeras vezes a si mesmas que não voltam a se deixar enrolar com pessoas egoístas, mas facilmente se deixam cair pela sua poderosa arte de manipulação, pelo que, idealmente devemos proteger as nossas emoções. Como? Tomando consciência de que somos diferentes uns dos outros, que cada um tem os seus centros de interesse e motivações na vida pelo que, respeitar essas diferenças e seguir o nosso caminho com quem nos devolve valores comuns, é a melhor solução.
 
Depois, o leitor poderá dizer que, há poucas pessoas com valores, que honram a palavra, que são empáticas e até capazes de ajudar o próximo e aí, digo-lhe que, também temos de reduzir o nosso nível de exigência para com os outros e ver o que as pessoas nos mostram. Com este grau de maior desapego, mais facilmente vamos encontrar pessoas com valores comuns, precisamos é de saber que uma amizade não é um casamento nem uma relação familiar. Amigo é alguém que nos surge em sociedade, num qualquer momento e com quem vamos desenvolvendo uma relação livre e descontraída, onde deve prevalecer o prazer de estar em conjunto. Com esta simplicidade, será muito mais fácil encontrar relações mais interessantes e menos interesseiras!
 
Se aprendermos a exigir menos dos outros, valorizamos muito mais o ser humano e a riqueza de cada um, o mesmo se passa se aceitarmos cada um tal como ele é. Se aceitarmos que o egoísta possui determinadas características, aprendemos a proteger-nos e a não contar com ele, se aceitarmos que há pessoas com valores comuns aos nossos, facilmente as vamos encontrar porque as “atraímos” naturalmente. Precisamos é de ser fiéis às nossas convicções e aos nossos princípios e diferenciar quem efetivamente se afasta de nós pelos seus valores opostos. Esta segurança pessoal é a base para vivermos com mais confiança no mundo e conseguirmos ter mais relações duradouras e de qualidade. Acima de tudo, temos de ser capazes de mostrar a nossa riqueza interior, de nos assumirmos e aceitarmos tal como somos, pois ao fazermos esse exercício diário, vão aproximar-se de nós as pessoas que fazem o mesmo e, os egoístas naturalmente vão afastar-se porque nada ganham connosco!