Sociedade

Comunidade Intermunicipal do Algarve rejeita prospeção de petróleo e a "persistência no erro"

 
A AMAL, Comunidade Intermunicipal do Algarve, foi, é e será contra a prospeção de petróleo na costa algarvia, considerando que o contrato ainda em vigor deve ser rescindido.

 
Trata-se para esta entidade, de "uma opção incompatível com o modelo de desenvolvimento e de afirmação da região do Algarve como destino turístico e terra de futuro, com uma região que queremos limpa, utilizadora das energias renováveis e ambientalmente sustentáveis, ligadas às melhores práticas energéticas".
 
A decisão tomada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sem oposição do Governo, de não avançar com a avaliação de impacto ambiental (AIA) à prospeção de petróleo ao largo da costa vicentina é para os Municípios algarvios, "mais uma decisão errada e incompreensível para a região do Algarve e para todos aqueles que consideram que este processo deve estar técnica e cientificamente fundamentado quanto aos riscos e impactos que uma medida de prospeção e exploração de petróleo tem na costa algarvia, seja em termos ambientais, seja económicos, num processo com demasiada falta de transparência e em total divergência com o sentido das populações, da diversidade das suas associações e dos seus representantes eleitos".
 
A AMAL relembra em comunicado enviado à imprensa, que desde o primeiro momento tem manifestado a "unânime e frontal oposição" à prospeção e eventual exploração de petróleo numa região "que é o motor do turismo nacional", com mais de 40% das dormidas turísticas nacionais e, consequentemente, garante um forte contributo para o crescimento económico do país.
 
A decisão certa para a AMAL, passa por exigir a rescisão imediata da concessão ao largo de Aljezur na Costa Vicentina, como já aconteceu com a rescisão dos dois contratos da costa sul do Algarve, "respeitando assim a vontade popular e institucional dos algarvios".
 
A AMAL saúda ainda "o trabalho das associações em defesa do ambiente e da economia do Algarve e de todos aqueles que, por diversas formas, têm dado um contributo e têm sido opositores à prospeção e exploração de petróleo na região algarvia, prometendo continuar, pela via judicial, a lutar contra este processo, mantendo o seu compromisso de defesa do interesse regional, pelos cidadãos e pelo território, reafirmando a oposição veemente à prospeção e exploração de petróleo na região, enquanto energia poluente e danosa para a qualidade de vida de toda a população, contrariando as políticas do país e do mundo na adaptação às alterações climáticas".